POLÍTICA

Greve de transportadores causa corrida aos postos de Uberaba

Tanqueiros deflagraram movimento na quinta-feira e cobram a redução da alíquota do ICMS sobre os combustíveis

Da Redação
Publicado em 26/02/2021 às 20:45Atualizado em 18/12/2022 às 12:24
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Foto/Israel Júnior

Extensas filas se formaram na noite de ontem em postos de combustíveis de Uberaba diante do temor da falta de combustíveis

Menos de 24 horas após o anúncio da greve dos transportadores de combustível de Minas Gerais, houve corrida aos postos de combustíveis de Uberaba na noite dessa sexta-feira diante do temor de desabastecimento. O movimento foi deflagrado pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTanque). A categoria pede redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o preço do óleo diesel de 15% para 12%.

O SindTanque estima que três mil condutores aderiram ao movimento grevista. Os tanqueiros pedem a redução da alíquota do ICMS cobrada pelo Estado de 15% para 12%, taxa praticada em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.

Na quinta-feira (25), a categoria organizou um protesto. Cerca de 200 caminhões fizeram uma carreata que partiu das imediações da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Grande BH, até a Cidade Administrativa, sede do Executivo estadual. Os tanqueiros pedem audiência com o governador Romeu Zema (Novo).

O governo de Minas argumenta que as recentes variações do combustível não são decorrentes do ICMS, mas da política de preços da Petrobras. Por enquanto, o Executivo também descarta baixar a tarifa alegando a crise financeira enfrentada pelo Estado.

“No momento, em virtude da situação financeira do Estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma compensação para aumentar receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota. A Secretaria de Fazenda esclarece ainda que o ICMS corresponde a 31% para gasolina, 16% para o etanol e 15% para o diesel, do preço total dos combustíveis”, diz a nota emitida pelo Governo.

Sindicato prevê falta de combustível no fim de semana se movimento seguir

Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) ainda não tem balanço de quantos postos em Minas estão sem combustível devido à greve dos tanqueiros, porém, prevê que a situação pode se deteriorar neste fim semana, caso o movimento continue.

“A situação piora a cada hora que passa. Mantendo-se a greve, muitos postos não terão produtos já neste sábado e domingo”, avaliou o sindicato, por meio de assessoria de imprensa. A entidade representa cerca de 4.500 estabelecimentos de Minas e diz ser solidária à pauta dos grevistas, mas aponta que este não é o momento para uma paralisação, dado o cenário da pandemia de Covid-19 “e as dificuldades que a população e todo o setor produtivo enfrentam”. O Minaspetro defende que o governo de Romeu Zema (Novo) congele o cálculo da média de preços do combustível no Estado, que é utilizado para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e aumentará pela oitava vez consecutiva na segunda-feira (1º de março).

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