Primeiro levantamento de infestação do Aedes aegypti coloca Uberaba em risco de surto de dengue, conforme os parâmetros do Ministério da Saúde. Realizada na semana passada, a pesquisa revelou índice de 7,35% de infestação predial do mosquito no início deste ano.
Conforme o levantamento, vasos de plantas, pratos, frascos com plantas, bebedouros animais, fontes ornamentais e lixos, como entulhos, ferro-velho, sacolas plásticas e garrafas vazias foram os depósitos predominantes na cidade. Até mesmo caixas de leite e casca de ovo têm se tornado recipientes para a proliferação do mosquito.
Os bairros com maior proliferação do mosquito foram: Portal do Sol, Jardim Santa Clara, Cyrela Landscape 2, Residencial Morumbi 2, Morada Du Park, Vila João Pinheiro, Vila Planalto, Pontal, Santa Maria, Nossa Senhora da Aparecida, Abadia e Recreio dos Bandeirantes. A Secretaria Municipal de Saúde não divulgou os índices específicos de infestação de cada região e nem os principais depósitos verificados em cada área.
Em nota, a Prefeitura posicionou que o resultado da pesquisa mostra alto risco de uma epidemia de dengue em Uberaba, se não forem tomados os devidos cuidados. Com o índice de infestação apresentado, a Secretaria de Saúde já solicitará ao Estado a liberação para uso de fumacê na cidade para conter a proliferação do mosquito. Além disso, o Departamento de Controle de Zoonoses já está providenciando a contratação de mais agentes de combate a endemias para reforçar as ações de combate no município.
Por outro lado, a nota ressalta a necessidade de participação ativa da comunidade no enfrentamento ao mosquito. “A população que estiver em casa e puder tirar cinco minutos para limpar, olhar e verificar a casa, deve ficar sempre de olho nos bebedouros dos animais, em tirar o lixo e colocá-lo na hora certa da coleta”, alerta o chefe da Seção de Controle de Endemias, Diogo Avelino de Barros.
No ano passado, Uberaba também apresentou índice alto de infestação do Aedes aegypti no mês de janeiro. O levantamento apontou que 8,9% dos imóveis estavam infestados pelo mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Foi o maior índice registrado em Uberaba até então. Na época, apenas 14 bairros tiveram índice de infestação abaixo de 4%, máximo considerado aceitável pelo Ministério da Saúde.