POLÍTICA

Em Veríssimo, Zema defende a privatização da Codemig para regularizar contas do Estado

O governador voltou a falar sobre a situação precária das estradas, sobretudo da 427, e também sobre a ampliação da regularização fundiária a todo o Estado

Publicado em 30/10/2020 às 12:42Atualizado em 18/12/2022 às 10:39
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Governador Romeu Zema desembarcou em Uberaba, mas não cumpriu nenhuma agenda na cidade (Foto/Jairo Chagas)

Governador Romeu Zema (Novo) passou por Uberaba nesta manhã antes de seguir para Veríssimo, onde cumpriu agenda relacionada à habitação. Na cidade vizinha, Zema oficializou a entrega de títulos de Regularização Fundiária Urbana (Reurb) a moradores do município. A ação faz parte do programa Minas Reurb, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), e é voltado à população de baixa renda.

A reportagem do Jornal da Manhã acompanhou a vida do governador para o Triângulo Mineiro. Assunto em pauta desde a campanha, as privatizações estão entre as apostas para a regularização das contas do governo Zema. A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) é uma delas, estando nos planos para possibilitar o pagamento de servidores, inclusive com a proposta de leilão dos recebíveis de nióbio na Bolsa de Valores. Vale lembrar que até o momento não há previsão de data para a quitação do décimo-terceiro salário dos servidores estaduais, segundo informou o próprio Estado anteriormente.

A avaliação da Codemig pelo BNDES, no entanto, não tem previsão de data nem de valores. “O que nós já pedimos à Assembleia é que a privatização não seja 49%. Se 49% da empresa vale ‘x’, 51% da empresa vale ‘2x’, porque nenhum investidor quer ter o Estado como um sócio que manda. O Estado sempre está sujeito a interferências políticas, a desmandos dos poderosos, então nós queremos que a empresa seja privatizada na maioria das ações, o que vai ser muito melhor para os cofres públicos”, explicou Zema. O governador esteve esta semana em Brasília, onde se reuniu com o presidente do banco de fomento, Gustavo Montezano, para tratar da privatização da Codemig e também de concessões de rodovias.

“O estado de Minas, devido à sua situação financeira, praticamente não consegue investir em infraestrutura, mas nós já fizemos a reforma da Previdência, vamos encaminhar no ano que vem ou no seguinte a administrativa, e essas reformas que vão dar equilíbrio ao Estado para que nós possamos ter condição de investir novamente. Mas, mesmo assim, o Estado, por meio de parcerias público-privadas, concessões, terá obras. Vamos fazer a concessão de trechos ligando Uberlândia a Araxá, que envolve aqui a região, e isso vai gerar obras e estradas melhores”, comentou o governador.

Mesmo estando no radar de prioridades do Estado, as rodovias não devem receber investimentos substanciais por enquanto. “Não posso deixar de pagar a folha de pagamento para fazer investimento. As pessoas dependem de receber, o funcionalismo público, as professoras, as forças de segurança, (dependem de receber) para poder sustentar suas famílias. Essa situação de Minas não é de hoje, há 5 anos isso ocorre. Mas dentro do possível nós estaremos pelo menos dando manutenção para que as estradas fiquem intransitáveis”, prometeu Zema. 

Durante o evento de entrega dos títulos fundiários, Zema aproveitou sua fala para enaltecer a geração de empregos em Minas Gerais, que teve saldo positivo em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fechando o mês passado com saldo de 36.505 vagas formalizadas. O governador lembrou, inclusive, da inauguração da Cervejaria Petrópolis em Uberaba há cerca de três meses e também o lançamento da pedra fundamental do terminal ferroviário para exportação de açúcar em Iturama. “É com emprego e desenvolvimento que o Estado vai corrigir os problemas”, analisou.

Apesar de desafiadora, a medida que trata da regularização fundiária deve ser ampliada no Estado. Para tanto, contudo, é necessário empenho especial do poder municipal e também do Ministério Público, segundo Zema. “Estamos com essa visão de olhar realmente os problemas que a população tem, que o setor produtivo tem, para que o Estado não seja um obstáculo, uma algema que fica acorrentando a iniciativa das pessoas e dos empreendedores”, finalizou o governador.

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