Prefeito defende volta às aulas presenciais ainda este ano, mas sem obrigatoriedade

Apesar de resistência de sindicalistas e escolas, prefeito Paulo Piau (MDB) defende a volta das aulas presenciais ainda este ano e afirma que, até o momento, continua mantida a previsão de retomada das atividades a partir de 19 de outubro. Entretanto, o chefe do Executivo informa que o retorno não será obrigatório e as famílias terão liberdade para decidir sobre o envio dos estudantes para as escolas.

Piau argumenta que o país já está com atividades de entretenimento reabertas e não há motivos para manter as escolas fechadas, reforçando que protocolos sanitários rígidos serão estabelecidos para a retomada das aulas presenciais. “Um país que deixa os botecos abertos e as escolas fechadas não é um país sério [...]. Um professor que defende não voltar à escola é porque não tem compromisso com a Educação nesse país [...]. É melhor que os pais parem de fazer festinha em casa, mas deixem os meninos ir para a escola”, declara.

Rebatendo posicionamento do Sindemu (Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba), o chefe do Executivo defende que não há como prever quanto tempo será necessário para criar uma vacina segura contra o coronavírus, pois até hoje existem doenças sem alternativas de imunização após anos de pesquisa.

Com isso, o prefeito afirma que o caminho agora é estudar uma forma de adaptação com forma híbrida de ensino presencial e remoto. “A vacina vai sair quando? Vamos esperar? Não sei quando vai sair. Então, teremos que conviver com o vírus e tocar a vida com higiene, limpeza e todos os cuidados”, acrescenta.

Piau também manifesta que nem todos os pais têm condições para o acompanhamento dos filhos no ensino remoto e a volta das aulas presenciais evitará que esses estudantes tenham mais prejuízos no aprendizado. 

De acordo com o prefeito, os pais que não quiserem que os filhos frequentem a escola neste momento terão liberdade para decidir e não há obrigação de retorno presencial às aulas. Ele afirma que os detalhes serão definidos em reunião do comitê de enfrentamento do coronavírus esta semana. “Não vamos forçar nada em cima de escola ou família”, encerra.