POLÍTICA

Sindemu pode entrar na Justiça para tentar barrar volta às aulas

Categoria é contra a retomada das atividades nas escolas antes da disponibilização da vacina contra Covid-19

Gisele Barcelos
Publicado em 24/09/2020 às 20:07Atualizado em 18/12/2022 às 09:45
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Bruno Ferreira argumenta que escolas não teriam condições sanitárias para a retomada das atividades

Sindemu (Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba) pode entrar na Justiça para tentar barrar retorno das aulas presenciais a partir do próximo mês. A categoria é contra a retomada das atividades nas escolas antes da disponibilização da vacina contra Covid-19.

De acordo com o presidente do Sindemu, Bruno Ferreira, até o momento, a proposta de retorno das aulas presenciais na rede municipal sequer foi discutida com o sindicato e não houve um comunicado oficial aos professores sobre a situação. Ele informa que aguarda o posicionamento oficial da Prefeitura para tomar providências.

O líder sindicalista argumenta que as escolas não teriam condições sanitárias para a retomada das atividades. “Não queremos arriscar a vida das pessoas por causa do ano letivo. A saúde do professor, dos alunos, das famílias é prioridade. Vamos continuar com o ensino à distância até que apareça uma vacina e a gente consiga imunizar as pessoas para que voltem às aulas com tranquilidade”, defende.

Ferreira acrescenta que houve aumento de casos de coronavírus em Minas Gerais com as recentes medidas de flexibilização. Por isso, ele afirma que a categoria não aceitará o retorno das aulas agora em Uberaba. “Nós já nos posicionamos contra. Temos exemplos de várias cidades que voltaram e aconteceu o caos. Vamos tomar desde medidas administrativas até judiciais para impedir a volta às aulas”, posiciona.

Já o Sinpro Minas (Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais) emitiu nota solicitando que o comitê municipal de enfrentamento do coronavírus não libere o retorno das aulas presenciais a partir de outubro na cidade. “O compromisso com a defesa da vida e da saúde de toda a comunidade escolar nos impõe essa obrigação de não concordar com o retorno presencial das aulas. Avaliamos ser temerário e oportunista o anúncio feito pelo Governo do Estado de Minas Gerais”, continua o texto.

Na nota, o órgão afirma que a volta às aulas é uma decisão que precisa ser tomada com responsabilidade e posiciona que há “interesses suspeitos” na autorização do Estado para a reabertura das escolas. “Continuamos com posicionamento de que, somente quando houver base científica publicada e assinada por médicos infectologistas e equipe de técnicos especialistas que avalizem tal medida, com todos os protocolos sanitários definidos é que aceitaremos tal decisão”, encerra o comunicado.

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