POLÍTICA

Em meio à pandemia e desemprego, Zema acha ofensivo servidores clamarem por direitos

Publicado em 09/07/2020 às 21:18Atualizado em 18/12/2022 às 07:41
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Durante a inauguração de uma nova ala em um hospital de Belo Horizonte, o governador Romeu Zema (Novo) declarou que acha “ofensivo” que servidores estaduais clamem por direitos tendo em vista que milhões de pessoas perderam os empregos em razão da pandemia do novo coronavírus.

“Não é certo no momento de pandemia quem tem segurança no emprego, porque tem estabilidade, tem o ganho garantido, estar clamando por direitos enquanto nós temos milhões de desempregados que tiveram sua renda reduzida em 100%”, disse o governador em resposta a uma pergunta sobre a suspensão temporária da tramitação da reforma da Previdência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O evento inaugurou outra ala de tratamento para Covid-19 no Hospital Eduardo de Menezes, nesta quinta-feira (09).

“Eu vejo isso como ofensivo em um momento como esse. Quem ganha R$ 5 mil, R$ 10 mil está reclamando e tem um salário garantido enquanto muitas vezes quem ganhava um salário mínimo perdeu o emprego. Nós precisamos de um mundo mais solidário onde os problemas sejam vistos na totalidade e não as pessoas ficarem olhando só para o próprio umbigo”, afirmou Zema.

Na entrevista Zema (Novo) disse ainda que a reforma da Previdência é a mais importante para Minas Gerais e que ela é fundamental para que o Estado tenha um orçamento equilibrado.

A reforma da Previdência mineira foi apresentada pelo governo estadual no dia 19 de junho, durante a pandemia do novo coronavírus.

Na quarta-feira, (08), o presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV) suspendeu temporariamente a tramitação da proposta e anunciou que serão realizados seminários durante a próxima semana para discutir a proposta, principalmente com a participação de representantes das diversas categorias do funcionalismo público.

Apesar da suspensão temporária, os deputados já fatiaram a reforma da Previdência e retiraram do texto o que chamam de “reforma administrativa”. Os trechos desmembrados versavam sobre direitos da carreira dos servidores, como a interrupção da concessão de adicional por tempo de serviço, adicional de desempenho, adicional trintenário e férias-prêmio, o que gerou forte reação dos sindicatos e dos deputados ligados ao funcionalismo público. Os parlamentares discutem agora somente questões previdenciárias.

*Com informações O Tempo

 

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