POLÍTICA

Volta de alunos à sala de aula na rede municipal segue indefinida

Apesar da ausência de data para retorno de aulas presenciais, já são analisadas adequações das escolas para uma nova realidade pós-pandemia

Gisele Barcelos
Publicado em 02/07/2020 às 07:07Atualizado em 18/12/2022 às 07:30
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Reprodução 

Secretária municipal de Educação falou em live ontem sobre a situação da Educação durante e depois da pandemia

Aulas presenciais na rede municipal ainda não têm previsão para ser retomadas, e a possibilidade de o ano letivo ser concluído em 2021 não é descartada. A avaliação foi feita pela secretária de Educação, Silvana Elias, em pronunciamento ontem nas redes sociais. Apesar de não haver data definida para o retorno, ela também adiantou que adequações nas escolas já estão sendo analisadas para a nova realidade pós-pandemia.

De acordo com a titular da Educação, existe uma grande expectativa para o retorno das aulas presenciais, mas o passo só pode ser dado com responsabilidade e cautela. A secretária também ressalta que a decisão não cabe à Secretaria de Educação, mas à área da Saúde. "A orientação que recebemos é aguardar o comitê de combate à Covid-19 se manifestar. Quem pode dizer quando as escolas podem voltar é a Secretaria de Saúde. Estamos trabalhando junto com a pasta, mas ainda não há uma data [para a volta às aulas presenciais]. Penso que é algo muito indefinido", disse.

Silvana lembra que países onde as atividades foram retomadas de forma precoce tiveram que recuar e o município não quer seguir o mesmo caminho. Segundo ela, é necessário assegurar a saúde das crianças e também dos profissionais que têm contato com os estudantes, pois a equipe conta com servidores acima de 60 anos e também portadores de doenças crônicas. "Temos que voltar com segurança ou corremos o risco de voltar e ter que parar novamente", declara.

Questionada, a secretária afirma que a situação não significa que o ano letivo em 2020 será perdido e acena a possibilidade de que a carga horária exigida seja concluída em 2021, devido à suspensão prolongada das aulas por causa da pandemia. "Precisamos entender que ano letivo a gente recupera. A gente pode até entrar em 2021 para terminar o ano letivo de 2020. Mas a vida não se recupera [...] O ano letivo não está perdido porque ele não precisa terminar em 31 de dezembro de 2020. Pode ser diluído no primeiro semestre de 2021; ao longo de 2021 e 2022; ou mesmo com uma jornada ampliada em 2021. São muitas as possibilidades", ressalta. Estudos vão indicar adequações das das escolas para depois da pandemia

Mesmo sem uma data para o retorno das aulas presenciais, a titular da pasta adianta que estudos já estão em andamento para adequar as escolas à realidade pós-coronavírus. Segundo ela, o funcionamento das unidades não poderá ser o mesmo e soluções estão sendo estudadas para garantir o cumprimento do distanciamento social dentro das salas de aula e na hora do recreio.

Entre as mudanças, Silvana adianta que as turmas deverão ser divididas para ter menos estudantes dentro de sala. "Não podemos voltar com 30 alunos em sala. Está fora de cogitação. Terá que ser 15 num dia e 15 em outro; ou 15 de manhã e 15 à tarde. Para isso, vamos ter que ajustar toda a infraestrutura", salienta.

Além disso, a secretária informa que está sendo discutido com a empresa responsável pela merenda para que as refeições sejam servidas dentro de sala, para evitar aglomerações dos estudantes no refeitório no intervalo. Outra questão em estudo são ampliações em banheiros das unidades e reforço de medidas de higienização dos espaços comuns. "Já temos um planejamento que foi submetido à Secretaria de Saúde e deve ser analisado pelo comitê técnico nos próximos dias", encerra.  

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