Ministério Público Eleitoral se manifestou favorável ao ex-deputado estadual Antônio Lerin em ação que busca assegurar filiação ao PDT para disputar as eleições municipais deste ano. O despacho da Promotoria Eleitoral vazou ontem nas redes sociais. Não houve ainda decisão da Justiça sobre o assunto.
No texto, o promotor Wagner Cotrim Volpe Silva relata que Lerin apresentou nos autos do processo a ficha de filiação ao PDT assinada no dia 27 de março e também uma declaração da liderança estadual do partido confirmando o cadastro. Além disso, ele manifesta que o PMN em Uberaba admitiu um equívoco na inserção de dados no sistema da Justiça Eleitoral, o que levou o nome do ex-deputado a constar na lista de filiados da sigla. No entanto, a direção do PMN também comunicou que já foi feita a exclusão.
Ainda no despacho, o promotor cita que o órgão municipal do PDT contestou a versão do ex-deputado e até informou que Lerin teria solicitado desfiliação do partido. Porém, o representante do Ministério Público Eleitoral considera que as provas apresentadas pelo ex-deputado para permanência na sigla são mais robustas.
Com isso, o posicionamento da Promotoria Eleitoral no processo foi para prevalecer a versão de Lerin "para que não tenha prejuízos em relação ao direito de eventual disputa de algum cargo político nas próximas eleições".
Assim, o Ministério Público Eleitoral se manifestou pelo indeferimento da filiação ao PMN e a inclusão de Lerin na lista do PDT, conforme a ficha apresentada pelo ex-deputado. A definição sobre o destino de Lerin agora depende da decisão da juíza Letícia Rezende Castelo Branco.
De olho em candidatura a prefeito este ano, Lerin entrou com ação na Justiça para garantir a filiação no PDT. O ex-deputado estadual chegou a assinar ficha de filiação no partido, mas acabou com o nome cadastrado nos quadros do PMN em abril, o que gerou um impasse quanto à participação nas eleições municipais de outubro. Presidente da sigla acredita que o parecer não será seguido na decisão
Liderança municipal do PDT recebeu com tranquilidade o posicionamento do Ministério Público Eleitoral sobre a filiação de Lerin. O presidente da sigla em Uberaba, Jacob Estevam, não acredita que o mesmo entendimento será seguido na decisão final sobre o caso.
De acordo com o líder do PDT em Uberaba, o parecer da Promotoria não é uma decisão final e o processo ainda será julgado. " A gente vai aguardar a sentença confiante na defesa que fizemos para o esclarecimento dessa situação", manifesta. Estevam ainda argumenta que foram apresentadas mensagens de texto e áudios trocados via WhatsApp e o conteúdo prova que a escolha final de Lerin foi se filiar ao PMN. "Vamos aguardar o posicionamento da juíza e o que ela vai entender, analisando tudo que está no processo", pondera.
Segundo o presidente municipal do PDT, o ex-deputado não chegou a ter filiação oficializada na sigla. Ele confirmou que Lerin realmente assinou uma ficha de filiação à sigla, mas declara que pouco depois comunicou que seguiria para o PMN. Com isso, o líder partidário posiciona que o nome do pré-candidato acabou não sendo inserido no sistema online de registro dos filiados pelo PDT.