POLÍTICA

Presidente do PDT de Uberaba descarta intervenção estadual

Gisele Barcelos
Publicado em 23/05/2020 às 15:58Atualizado em 18/12/2022 às 06:34
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“Nós temos a garantia que vamos conduzir o processo eleitoral de 2020”, afirma o presidente municipal do PDT, Jacob Estevam, descartando a possibilidade de direção estadual ou nacional destituir o atual comando da sigla em Uberaba para favorecer uma eventual candidatura de Antônio Lerin a prefeito este ano. O partido já foi alvo de disputa semelhante nas eleições de 2016, quando liderança superior tirou a comissão provisória das mãos de Estevam e entregou para Fahim Sawan.

O atual presidente do PDT em Uberaba afirma que não há risco de uma nova rasteira vinda de cima e de perder a direção local da sigla para Lerin. Apesar de o ex-deputado afirmar ter anuência da liderança estadual para se filiar ao partido e apresentar o nome como pré-candidato a prefeito, Jacob argumenta estar alinhado com o presidente nacional do PDT, Cid Gomes, e todo apoio já foi assegurado para lançar Roberto Veludo como cabeça da chapa majoritária. “Pode ter certeza, todo o staff nacional e estadual do PDT estará na campanha do Roberto Veludo”, declara, ressaltando que Uberaba também é considerada uma cidade estratégica para o projeto nacional da legenda em 2022.

Segundo o líder municipal do PDT, as lideranças superiores aprenderam com o desgaste ocorrido nas eleições de 2016. Na época, antes das convenções, o comando do PDT mudou de mãos três vezes no mesmo dia. Por fim, Fahim venceu a queda de braço e fechou aliança com Wagner Júnior para compor a chapa majoritária, apresentando o nome de Heleno Araújo como candidato a vice. Depois da derrota nas urnas, a situação do comando foi revista e o partido na cidade voltou ao advogado Jacob Estevam.

Para Estevam, uma nova manobra para destituir o comando local não teria espaço para acontecer. “O que acontece quando chega essa época é que existem muitos aproveitadores. Chegam na liderança estadual e dizem que serão candidatos a deputado federal nas próximas eleições e que gostariam de estar contribuindo com o partido, mas na verdade o interesse deles é a questão municipal. Naquele caso, o aproveitador foi Fahim Sawan. Ele prometeu algo que não ia conseguir fazer. É um projeto pessoal, não do partido e dos filiados. Eles aprenderam com 2016 e perceberam que o Lerin está no mesmo caminho “, declara.

Pré-candidato a prefeito pelo PDT, o engenheiro Roberto Veludo também manifesta que vem mantendo contato com o presidente nacional da sigla e foi garantido todo o apoio para o lançamento do nome em Uberaba. “Não conseguem destituir o Jacob da presidência em hipótese nenhuma. Estamos com segurança e tranquilos”, posiciona.

Veludo se diz na oposição e que base de Piau já estaria fechada com Grilo

Base aliada do prefeito Paulo Piau (MDB) já estaria fechada em torno do apoio à candidatura de Heli Andrade (PSL) para a sucessão municipal deste ano. A informação é do pré-candidato Roberto Veludo (PDT), que declarou ser um nome de oposição ao atual governo e também disparou críticas ao possível adversário nas urnas em outubro.

Embora até o momento Piau não confirme oficialmente ter um nome escolhido para apoiar no processo eleitoral deste ano, o engenheiro afirma que já houve um posicionamento definitivo em favor do deputado estadual e a situação da base aliada está resolvida.

Sem citar Heli nominalmente, Veludo defende que o parlamentar deveria ficar fora do pleito municipal e continuar exercendo o mandato na Assembleia Legislativa, pois foi o único eleito por Uberaba. “Está traindo eleitor dele e todo cidadão uberabense. Foi eleito para cumprir compromisso assumido e não está cumprindo [...] Deveria ficar onde está”, alfinetou, argumentando que o próximo gestor precisará de representantes no Legislativo estadual e também na Câmara Federal, em Brasília, para defender os projetos da cidade.

Descartando possível alinhamento com o atual grupo do governo, Veludo afirma que manobras vêm sendo feitas para tentar desarticular a candidatura e o uso de cargos na administração serviu para inviabilizar alianças com outros partidos. “Alguns partidos estavam acertados, mas estão jogando pesado com a gente e usando a máquina pública para pressionar algumas pessoas e, com isso, dificultando algumas ações [...] Há vários partidos que estavam na base e têm cargos. Então, ameaçaram perder seus cargos no governo”, acusa. 

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