POLÍTICA

Sindicalistas contestam decreto que prevê suspensão de salários do funcionalismo em Uberaba

Categoria defende que vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários também reduzam seus recebimentos, para que não seja somente conta para o trabalhador

Gisele Barcelos
Publicado em 09/04/2020 às 15:37Atualizado em 18/12/2022 às 05:30
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Possibilidade de suspensão de salários do funcionalismo da Prefeitura não foi bem recebida por lideranças sindicais que representa a categoria. Horas após a publicação do decreto, mensagens começaram a circular nas redes sociais para rechaçar a medida e sindicatos já analisam providências para tentar barrar eventual bloqueio na remuneração dos servidores.

O presidente do SSPMU (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba), Luís Carlos dos Santos, argumentou que, antes de escalonar pagamento da categoria ou suspender salários, a Prefeitura deveria primeiro fazer a redução na remuneração do prefeito, do vice-prefeito e secretários.

Ainda segundo o dirigente sindical, o mesmo pode ser feito na Câmara Municipal com redução temporária dos salários dos vereadores e da verba para pagamento dos assessores de gabinete.

De acordo com o sindicalista, um corte de 30% nos vencimentos dos agentes políticos e também a diminuição no número de comissionados já representaria uma boa economia para os cofres do município, diante da necessidade de contingenciar despesas por causa da previsão de queda na arrecadação municipal. “Não pode só o servidor ser cortado na carne”, manifesta.

Santos ressalta que a categoria até aceita o corte temporário em horas extras e funções gratificadas, mas não a suspensão de salários. “Entendemos o momento de crise decorrente da pandemia do coronavírus Covid-19. Embora não sejamos favoráveis, compreendemos a suspensão temporária das horas-extras, pagamentos de funções gratificadas e das gratificações aos membros de juntas, conselhos e comissões. Mas os salários precisam ser mantidos em dia”, defende.

O presidente do SSPMU ainda posiciona que o mínimo que deveria ser feito antes de uma decisão que interfere na folha de pagamento seria chamar os representantes da categoria para discutir o assunto previamente. “Infelizmente não nos ouviram e poderíamos contribuir com as medidas”, disse.

 

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