POLÍTICA

Vereadores questionam criação de cargos no Ipserv e adiam projeto

Proposta pode representar impacto financeiro de quase R$2 milhões ao ano e a votação está na pauta de hoje do Legislativo

Gisele Barcelos
Publicado em 10/12/2019 às 22:49Atualizado em 18/12/2022 às 02:42
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Rodrigo Garcia

Representantes do Ipserv argumentaram em favor do projeto na sessão de ontem, mas ainda assim os vereadores optaram por votar a matéria nesta quarta-feira

Críticas à proposta de reestruturação do Ipserv (Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba) marcaram a sessão de ontem na Câmara Municipal. O projeto foi alvo de questionamentos por criar novos cargos e funções gratificadas na estrutura organizacional do órgão, que podem representar impacto financeiro de quase R$2 milhões por ano. Devido ao embate, a votação foi adiada para hoje. 

Os representantes do Ipserv estiveram no plenário para defender a proposta e afirmaram que não haveria aumento das despesas com a reestruturação. No entanto, a informação foi contestada em plenário pelo vereador Kaká Carneiro (PL). Segundo o parlamentar, o projeto apresentado prevê a criação de seis funções gratificadas que provocarão um aumento total de quase R$200 mil nos gastos por mês, considerando benefícios, como férias e 13º.

Participando da sessão, o presidente do SSPMU (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba), Luís Carlos dos Santos, também se posicionou contra a criação de novos cargos no Ipserv. Ele declarou não ser contrário à reestruturação administrativa do instituto, mas ressaltou que a proposta atual representaria mais gastos para os cofres públicos. O sindicalista defendeu que a reorganização pode ser feita de outra maneira e sem aumento de despesas.

No plenário, o presidente do Ipserv, Wellington Gaia, posicionou que a atual estrutura do instituto está ultrapassada. Por isso, ele afirma ser preciso reestruturar o órgão, pensando no futuro. “Procuramos um organograma, uma estrutura que ofereça uma excelência nos trabalhos, pensando não apenas no próximo ano, mas nos próximos 10, 15 anos. Gastar com qualificação não é despesa, é investimento, é preciso responsabilidade de qualificação e os frutos serão colhidos no futuro”, disse. Além disso, ele manifestou que o organograma atual foi criado em 2005, quando tinha uma quantidade muito menor de servidores ativos e inativos. “A legislação era menor. Agora a todo momento tem mudança de legislação e de atribuição”, acrescentou.

Também acompanhando o debate, a consultora do Ipserv, Odelcina Lemes salientou que a estrutura do órgão está muito centralizada e seria necessário ter uma ampliação dos cargos, com a entrada de analistas especializados. Entretanto, ela insistiu que as mudanças não representariam aumento de cargos, apenas remanejamentos. 

Sem consenso ao longo da análise do projeto, o líder do governo na Câmara, Rubério dos Santos, pediu o sobrestamento da proposta. O texto retorna para apreciação na pauta de hoje.

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