O apoio americano ao ingresso do Brasil na OCDE foi um dos principais acordos anunciados durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington em março
Foto/Israel Júnior
Secretário executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes diz que a situação da Romênia e Argentina já tinha processo mais avançado
Secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes Cordeiro avalia que a não entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) não significa desprestígio do País junto ao governo norte-americano.
Montes esteve em vista ao Jornal da Manhã nesta sexta-feira (11) e disse que a indicação da Romênia e Argentina na OCDE ocorreu neste momento, pois ambos estavam com processos mais adiantados que o Brasil. E lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou, na quinta-feira (10), o apoio à entrada do Brasil no bloco.
O apoio americano ao ingresso do Brasil na OCDE foi um dos principais acordos anunciados durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington em março.
Sobre questões comerciais, Montes lembrou que a pasta da Agricultura, através da ministra Tereza Cristina, tem trabalhado para abertura de novos mercados. E, graças a essas ações, tem conquistado importantes acordos comerciais para o Brasil. Ele destacou também o papel do ministro da Economia Paulo Guedes, nessas questões.
“O ministro Paulo Guedes é peça fundamental nesses acordos, pois ele transmite muita credibilidade ao mercado internacional”, destacou o secretário executivo do Ministério da Agricultura.
Marcos Montes ainda destacou que o mercado sucroenergético do Brasil pode ganhar novo impulso com programa que deve ser implementado nos Estados Unidos, denominado E 15.
“Seria a adição de 15% de etanol à gasolina. Nos Estados Unidos, o álcool é derivado do milho. Isso pode ajudar o mercado brasileiro a exportar o seu produto, que é da cana-de-açúcar”, ressaltou.
A permissão para a venda do E15 abriria para as usinas americanas um mercado potencial de 26 bilhões de litros ao ano. De acordo com o jornal Valor Econômico, esse volume adicional equivale a todo o etanol (hidratado e anidro) vendido pelas usinas da região Centro-Sul do Brasil na safra passada (2017/18).
Essa mudança alteraria o mercado mundial de etanol, já que os EUA são, já há anos, os maiores exportadores.