Com articulações intensificadas para viabilizar gasoduto no Triângulo Mineiro, a TGBC entrou com pedido junto ao Ibama para renovar o licenciamento do gasoduto
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Traçado do gasoduto saindo de São Carlos até o Recanto das Emas, no Distrito Federal, passando pelo Triângulo Mineiro
Com articulações intensificadas para viabilizar gasoduto no Triângulo Mineiro, a TGBC entrou com pedido junto ao Ibama para renovar o licenciamento do gasoduto de São Carlos. A atual licença de instalação do projeto vence no dia 28 de novembro. Por telefone, o diretor administrativo e financeiro da TGBC, André Macedo, explicou que a renovação seria pelo período de quatro anos. Segundo ele, uma reunião com os técnicos do Ibama está programada na próxima semana para dar seguimento ao processo de licenciamento.
Macedo afirma que há um novo cenário no Brasil em relação ao gás devido ao aumento da produção de gás no pré-sal. “O Brasil carece de infraestrutura de gasodutos. Com a produção do gás do pré-sal, será preciso infraestrutura para escoar e levar para regiões ainda não atendidas, principalmente no Triângulo Mineiro, Goiás e Distrito Federal”, posiciona. Junto a isso, a movimentação retomada pelas lideranças políticas quanto ao duto traz uma boa perspectiva para a consolidação do empreendimento agora. “O governo de Minas, Goiás e Distrito Federal estão alinhados e apoiando o projeto”, acrescenta.
Paralelo à renovação do licenciamento, o diretor da TGBC informa que ações já estão em andamento para buscar recursos financeiros e viabilizar o duto. O empreendimento está orçado inicialmente em R$3,6 bilhões para a construção de um ramal com 905 quilômetros de extensão, saindo da Estação de Compressão de São Carlos até o ponto de entrega do Recanto das Emas (DF). Quando o projeto foi lançado em 2014, a proposta era buscar financiamento junto ao BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O projeto de São Carlos foi o primeiro a ser citado quando houve a assinatura do protocolo de intenções entre a Petrobras e o governo estadual para a construção da fábrica de amônia em 2011. Entretanto, o duto da TGBC acabou sendo deixado de lado por alternativas como o ramal de Ribeirão Preto (SP) e a proposta do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) de trazer o gás de Betim. As duas não avançaram. Agora as atenções dos representantes políticos da região voltaram para a ideia inicial.