POLÍTICA

Grupo de trabalho desiste de barrar leilão da planta de amônia

Relatório aponta que, no momento, a prioridade é assegurar a vinda do gasoduto do estado de São Paulo para o Triângulo

Gisele Barcelos
Publicado em 01/02/2018 às 07:06Atualizado em 16/12/2022 às 06:43
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Reprodução

Presidente da Codemig, Marco Antônio Castelo Branco, diz que não há como mensurar o investimento na manutenção e recuperação dos equipamentos 

Grupo de trabalho formado entre a Codemig e a Prefeitura desiste de interromper leilão de equipamentos da fábrica de amônia em Uberaba. Após diversas reuniões e visitas ao canteiro de obras da planta, equipe formatou relatório para apresentar à Petrobras e posicionou que os materiais disponíveis não representam contribuição significativa para retomada da obra.

O presidente da Codemig, Marco Antônio Castelo Branco, justificou no relatório que “não há como mensurar o investimento na manutenção e recuperação dos equipamentos”, além do alto custo para a vigilância do patrimônio até que o projeto fosse retomado.

No documento, os integrantes do grupo de trabalho manifestaram que a prioridade neste momento é assegurar a vinda do gasoduto de São Paulo para o Triângulo Mineiro. A equipe defende que será a alternativa mais adequada e rápida para viabilizar retomada da construção da fábrica de amônia em Uberaba.

Conforme o parecer que será encaminhado à Petrobras, a proposta agora é trazer um ramal do Gasbol a partir de Paulínia até Uberaba. Ainda não há informação se o traçado passaria por São Carlos, igual ao projeto da TGBC que também envolvia a malha do gasoduto da Gasbol.

O grupo de trabalho defende que a opção mais viável para concretizar a retomada da fábrica de amônia seria implantar um duto na faixa de domínio da Petrobras, onde já estão instalados a rede do oleoduto Osbra e o alcooduto que interliga Paulínia, Ribeirão Preto e Uberaba.

O prefeito Paulo Piau (MDB) explica que está sendo solicitado à Petrobras garantia de autorização para a utilização da faixa do Osbra para a construção do gasoduto, após o atendimento de todos os requisitos regulatórios por parte do empreendedor.

Além disso, no documento a ser encaminhado à petrolífera, também foi solicitado acesso às informações para elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica Econômica do gasoduto, com Levantamento topográfico (planaltimétrico) da faixa de domínio do Osbra; dados geotecnológicos, profundidade e relevo do fundo dos rios; e identificação topográfica dos dutos e equipamentos já implantados.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, José Renato Gomes, avalia que o trabalho realizado tem foco na questão econômica e adianta que a atuação está sendo feita na expectativa da captação de investidores privados.

Gomes informa ainda que já deu ciência ao Ministério Público Federal sobre a decisão do grupo de trabalho e o cancelamento da recomendação para suspender o leilão está em concordância com o posicionamento do grupo.

 

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