POLÍTICA

Em interrogatório, Temer diz nunca ter solicitado que Rocha Loures recebesse em seu nome

Inquérito investiga suposto favorecimento da empresa Rodrimar por meio do Decreto dos Portos

Publicado em 19/01/2018 às 09:04Atualizado em 16/12/2022 às 01:46
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A defesa do presidente Michel Temer enviou nesta quinta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) as respostas por escrito às perguntas feitas pela Polícia Federal (PF). Os questionamentos são relacionados ao inquérito que investiga suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A. por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).

O interrogatório foi solicitado pelos delegados responsáveis pelo caso e autorizado pelo ministro Luis Roberto Barroso, relator da investigação. O conteúdo do documento ainda não foi divulgado na íntegra. Além de Temer, são investigados no mesmo inquérito o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e os empresários Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, donos da Rodrimar, empresa que atua no Porto de Santos.

No documento, Temer respondeu às 50 perguntas relacionadas ao inquérito. Aos delegados, o presidente disse que nunca foi procurado por empresários do setor portuário para tratar da edição do decreto. Sobre o ex-deputado Rocha Loures, um dos investigados no inquérito, Temer declarou que nunca o autorizou a fazer tratativas em seu nome. "Peço vênia para realçar a impertinência de tal questão, por colocar em dúvida a minha honorabilidade e dignidade pessoal", escreveu.

Desde a abertura do inquérito, o Palácio do Planalto afirma que o Decreto dos Portos foi assinado após “longo processo de negociação" entre o governo e o setor portuário e informou que o presidente irá prestar todos os esclarecimentos necessários.

O G1 Política divulgou trechos do documento que teriam sido escritos por Temer. Segundo o veículo, quando perguntado se solicitou que Rocha Loures recebesse recursos de executivos do grupo JBS, o presidente teria respondid “nunca solicitei que o Sr. Rodrigo Rocha Loures recebesse recursos de executivos do Grupo JBS em meu nome, nenhuma razão haveria para tanto”.

Fonte: Agência do Rádio

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