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O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin autorizou a prisão temporária - de cinco dias - dos delatores da J&F Joesley Batista e Ricardo Saud. A decisão foi tomada fundamentada pelo pedido de prisão apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na sexta-feira (8).
Joesley e Saud são suspeitos de omitir informações dos investigadores, atitude que quebra cláusulas do acordo de delação.
A ordem do ministro do STF não significa que as prisões ocorrerão nesta manhã de domingo (10), como, normalmente, acontece com as execuções realizadas pela Polícia Federal (PF). As prisões podem ocorrer ao longo do dia ou nesta segunda-feira (11).
Além de Joesley e Saud, o chefe do Ministério Público havia pedido a prisão do ex-procurador da República Marcello Miller. Contudo, neste caso, Fachin não autorizou a prisão. Já Miller é suspeito de conduta criminosa ao atuar para a J&F enquanto ainda integrava o Ministério Público.
Em conversa entregue pela própria defesa da JBS como forma de complementação do acordo, Joesley e Saud conversam sobre a suposta interferência do ex-procurador da República Marcelo Miller para ajudar nas tratativas de delação premiada. A PGR suspeita que Miller atuou como “agente duplo” durante o processo de delação. Ele estava na procuradoria no período das negociações e deixou o cargo para atuar em um escritório de advocacia em favor da JBS.
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