POLÍTICA

Auditoria externa aponta possíveis irregularidades na Codau durante 2020

Gisele Barcelos
Publicado em 02/07/2021 às 17:48Atualizado em 18/12/2022 às 15:03
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Foto/Jairo Chagas

O governo municipal realizou coletiva de imprensa nesta tarde, com a participação do atual presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho e do vice-prefeito Moacyr Lopes

Foi protocolado nesta sexta-feira (2), para análise do Ministério Público, resultado de auditoria externa realizada na Codau e que apontou uma série de possíveis irregularidades em 2020, durante a gestão do ex-presidente Luiz Guaritá Neto. Um dos problemas apontados pela auditoria foram antecipações de medições de diversos contratos e pagamentos às empresas prestadoras de serviços, sem benefício à Codau como descontos. Em consequência, outros fornecedores ficaram com créditos a receber vencidos.   De acordo com o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho, é preciso esclarecer o motivo do favorecimento de uma empresa em relação a outra. Ele inclusive ressalta que a situação levou ao cancelamento de empenho para pagar a empresa que já havia fornecido e e instalado os painéis elétricos no fim do ano passado para a companhia, o que acabou tendo que ser pago pela nova gestão em 2021.   Outro problema citado no relatório foi o registro de uma dívida junto à Cemig no valor superior a R$ 5 milhões. O atraso no pagamento acabou gerando juros e multas para a companhia, com a necessidade de parcelamento para quitação de dívidas.   Além disso, um dos pontos citados pela auditoria foi a retenção de aproximadamente R$ 4 milhões em repasses do imposto de renda retido na fonte tanto de servidores quanto quanto de terceiros. O valor deveria ter sido repassado ao Município, o que não foi verificado.   Questionado, o ex-presidente da Codau, Luiz Guaritá Neto declarou que não houve irregularidades e está tranquilo para esclarecer qualquer dúvida junto ao Ministério Pùblico.   Sobre a denúncia de possível favorecimento a prestadores de serviço, o ex-dirigente da companhia manifestou que todas as decisões foram administrativas. Ele informou que não saberia os detalhes do caso referente aos painéis elétricos, mas provavelmente havia ainda alguma pendência que levou ao cancelamento do empenho no fim do ano passado e, a partir daí, houve o pagamento de outros prestadores de serviço.   Além disso, Guaritá rebateu os questionamentos sobre a dívida deixada com a Cemig e defendeu que a decisão foi priorizar o salário dos servidores em dezembro, bem como o pagamento de empresas locais menores.    O ex-presidente também argumenta que o montante necessário para quitar a conta da Cemig seria o equivalente a cinco dias de arrecadação da Codau no início de janeiro e ressaltou que já não havia o peso da folha de pagamento dos servidores, que foi acertada em dezembro.  

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