PÁGINA VIRADA
Ao que tudo indica, vão “melar” as tratativas do Município com os hospitais da Beneficência Portuguesa e Hélio Angotti, para aproveitamento de leitos não-Covid. A princípio, os entraves seriam apenas de ordem burocrática, mas no desenrolar das negociações outras pendências foram surgindo e praticamente inviabilizando a contratação dos leitos.
SOLUÇÃO
A solução para o atendimento hospitalar aos pacientes não Covid parece caminhar rumo ao Regional. De acordo com o médico Frederico Ramos, gestor do HR, num primeiro momento serão disponibilizados 9 leitos para receber pacientes de clínica médica e dentro de mais alguns dias, outros 18 leitos, totalizando 27 a curto prazo. Até mesmo a contratação de pessoal para atendimento a esses pacientes não-Covid já está sendo providenciada. Vale destacar que há aproximadamente 200 técnicos em enfermagem concluindo agora o curso pelo Senac e mais uma turma de enfermagem recebendo o diploma de graduação pela UFTM, no dia 10 de julho.
FOLGA QUASE INÉDITA
A não ser no início do ano, antes da chegada dos pacientes manauaras com Covid, o Hospital Regional ainda não tinha registrado folga de leitos como nestes últimos dias. Segundo o diretor Frederico Ramos, na manhã desta quarta-feira havia 106 pacientes Covid hospitalizados lá, sendo 43 na UTI e outros 63 em enfermaria. Os leitos desocupados, no caso, totalizavam 7 na UTI e 40 em enfermaria, um quadro como há seis meses não era visto em Uberaba. Aleluia!
FILA ZERADA
A quarta-feira foi de comemoração também para as UPAs. Ala vermelha das duas unidades estava completamente zerada. Não havia registro de filas de pacientes à espera de transferência para os hospitais. Pois é. Segundo comentários de bastidores, bastou a Secretaria de Saúde “mexer” as peças do tabuleiro e “trancar a porta dos fundos” dos hospitais para os leitos aparecerem.
PORTA ABERTA
Na avaliação de Frederico Ramos, quando essa pandemia passar, talvez o Hospital Regional possa ser referenciado como hospital de porta aberta para trauma. Ou seja, o SAMU já levaria os acidentados diretamente para atendimento no Regional, sem passar primeiro pelas UPAs, seguindo os protocolos do NIR, que disciplina a regulação de leitos. Além de aliviar as UPAs, Frederico Ramos entende que agilizaria bastante o socorro ao paciente, lembrando que o HR conta com um bloco cirúrgico de primeira qualidade. Mas, ele frisa que esta é apenas uma ideia, que precisa obviamente ser avaliada futuramente pela gestão de Saúde no município.
DE OLHO
Vigilância Sanitária vai desenvolver um acompanhamento mais de perto do trabalho das academias. Em entrevista ao programa O Pingo do Jota, a chefe do departamento ressaltou que ainda há muitas dúvidas sobre o número de pessoas permitidas por ambiente. De acordo com Patrícia Bizinotto, no caso específico das academias é preciso considerar a área livre (excluindo, portanto, o espaço ocupado pelos aparelhos) e os funcionários (incluindo personal trainner) para estabelecer o quantitativo de alunos por hora. Essa mesma fórmula vale para supermercados, varejões, clínicas e similares.
PEGANDO FIRME
A propósito, Patrícia Bizinotto revelou que a Vigilância esteve no Mercado Municipal do fim de semana, orientando novamente os permissionários. E, desta vez, constatou que o quadro melhorou muito, a começar pelo controle de acesso de pessoas ao local. O problema é que os permissionários estavam fazendo conta do número de clientes permitido pelo Decreto 674 sem levar em consideração os atendentes de cada banca.
POR CABEÇA
Aliás, tem um outro detalhe que os empresários precisam prestar atençã embora entrem pai, mãe e filhos no supermercado, por exemplo, é preciso contar um por um para efeito de cálculo do quantitativo de pessoas por metro quadrado. Não interessa se a criança é um bebê de colo ou adolescente. A contagem deve ser feita por cabeça. Respirou, está valendo.
MARATONA EM BH
Prefeita Elisa está enfrentando verdadeira maratona nesta semana de viagem a BH e Brasília. Na capital mineira, Elisa e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rui Ramos, reforçaram o pedido para cancelar o leilão da área que abrigaria a planta de amônia da Petrobras, no DI 3, mas o assunto continua pendente. No site da leiloeira o edital permanece disponível, mostrando a data de 15 de julho para apresentação das propostas. Isso significa que se até a semana que vem o governo não atender o pedido da prefeita, definitivamente, só restará ao município ingressar em juízo para tentar barrar a venda.
PREÇO VIL
Por baixo, a área destinada à fábrica de amônia deve valer algo em torno de R$ 60 milhões. Mas o governo Zema avaliou o imóvel por meros R$ 8 milhões. Quer argumento mais contundente do que o preço vil para provar o prejuízo que Uberaba poderá ter com a venda dessa área? Além disso, o DI-3 poderá ficar totalmente espremido, sem possibilidade de crescimento, ou ter sua vocação de pólo químico desvirtuada, dependendo de quem vier a comprar o imóvel.
Em BH, Elisa e o secretário também trataram de gasoduto, ZPE, condições para atração de novos investimentos para Uberaba, dentre outros.
CEASA NA PAUTA
O que fazer para vitaminar a Ceasa de Uberaba? Prefeita Elisa esteve com a secretária Ana Valentini, da Agricultura, com uma pauta extensa para melhorar as condições da Ceasa. Nos últimos dias, uma guerra de videos sobre comercialização de produtos na pedra acenderam a luz amarela, mostrando que os produtores locais estão pedindo socorro. Prefeita está correndo atrás dessas soluções. Uma delas, sem dúvida, passa por ações da Sagri no sentido de sensibilizar os compradores das grandes redes para prestigiarem os produtores locais.
PPP DO RECAPE
Recapeamento da avenida Filomena Cartafina, que é responsabilidade do Estado, pode sair de proposta de parceria público privada. A julgar pela reunião entre a prefeita e o secretário de Estado de Infraestrutura, Fernando Marcato, a solução pode ser a sensibilização das empresas para bancarem o serviço, abatendo o valor em impostos.
PARCERIA POLÍTICA
Já em Brasília, o “prato principal” foi a reunião com o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes. Adversários nas eleições municipais passadas, os dois trataram oficialmente de projetos para fomento do agronegócio no município, com apoio aos pequenos produtores, em especial piscicultores. De “sobremesa” foi servida a candidatura do presidente da Câmara, Ismar Marão, a deputado federal, no ano que vem. Aliás, Marão esteve presente no encontro, a convite do secretário Marcos Montes, seu padrinho político.
Prefeita Elisa com o secretário executivo do Mapa, Marcos Montes, e o presidente da Câmara Municipal, vereador Ismar Marão, em Brasília
