Piau diz ter ficado decepcionado com saída de Altamir do governo

Saída de Altamir Rôso (PMDB) da pasta de Desenvolvimento Econômico é uma perda para o Estado, conforme o prefeito Paulo Piau (PMDB). Principal articulador para a nomeação do uberabense no primeiro escalão do governo de Fernando Pimentel (PT), o chefe do Executivo defende que o PMDB se mobilize para manter o espaço no secretariado do petista.

De acordo com o prefeito, o assunto foi discutido com o vice-governador Antônio Andrade, que é presidente do PMDB mineiro. Piau afirma que o governador tem autonomia para fazer mudanças na equipe, mas defende que o partido não pode simplesmente abrir mão de um espaço importante no governo mineiro como a pasta de Desenvolvimento Econômico. “Foi uma grande perda para o Estado. Também avalio que perdeu o PMDB, inclusive o partido tem que fazer um balanço, uma avaliação. O PMDB não pode perder uma secretaria dessa importância e simplesmente perder”, argumenta, salientando que qualquer decisão partidária cabe apenas ao vice-governador.

Piau também afirma que ficou decepcionado com a troca no comando do Desenvolvimento Econômico, pois Altamir possui perfil técnico e vinha desempenhando um bom trabalho na gestão da pasta. Além disso, o prefeito ressalta que o uberabense era o único representante do Triângulo Mineiro no secretariado, atuando diretamente na busca de novas empresas para a região e também nas articulações para consolidar o gasoduto.

O chefe do Executivo ainda considerou “estranha” a nomeação de um deputado estadual como substituto de Altamir, principalmente depois da polêmica envolvendo o projeto da reforma administrativa no governo de Minas.

Apesar da insatisfação com a troca no comando da pasta de Desenvolvimento Econômico, PP afirma que dará continuidade às demandas locais com o novo secretário Fábio Cherem (PSD). “A vida continua e vamos achar os caminhos para fazer o que for necessário para que Uberaba não seja prejudicada. A relação de uma cidade que está desenvolvendo e o governo do Estado não para, tem que continuar", concluiu.