Além da indefinição do gasoduto, a Petrobras confirma ainda que a suspensão das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN V) se dá também em razão da baixa demanda de amônia
Foto/Divulgação PMU
De acordo com a Petrobras, 30% da obra fisíca já foi concluída na unidade localizada no Distrito Industrial 3
Além da indefinição do gasoduto, a Petrobras confirma ainda que a suspensão das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN V) se dá também em razão da baixa demanda de amônia pelo mercado. O produto seria fabricado na unidade de Uberaba. A informação foi repassada pela própria estatal por meio de nota da assessoria de comunicação, após questionamento do Jornal da Manhã.
De acordo com a Petrobras, a obra, com aproximadamente 30% de avanço físico, passa para o chamado “estágio de hibernação”, em razão do adiamento dos sucessivos compromissos da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig). “A estatal mineira não apresentou evidências de que vai construir o gasoduto que forneceria gás natural à planta no prazo e nas condições acordadas em contrato celebrado com a Petrobras”, afirma trecho da nota encaminhada ao JM. Com este impasse, a Petrobras diz que se vê impedida de assumir os riscos associados à finalização da planta sem que haja uma revisão das condições adequadas para o suprimento de gás para a fábrica pela Gasmig.
A estatal também destaca que, paralelamente à questão do duto, o mercado nacional de fertilizantes apresentou recuo na demanda por amônia – principal produto a ser produzido na UFN V. Com este quadro desfavorável, a Petrobras entende que, atualmente, o investimento na construção desse projeto, com base na relação custo-benefício, não se mostra adequado em comparação a outros negócios da companhia.
Importante destacar que o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou na segunda-feira passada (29), durante a coletiva de imprensa, que a baixa demanda pelos fertilizantes pesou na decisão da estatal, que está priorizando investimentos em sua atividade-fim de exploração de óleo e gás, deixando de lado investimentos petroquímicos e fertilizantes.