POLÍTICA

Críticas a Bolsonaro e drone marcam evento de Lula e Kalil

Gisele Barcelos
Publicado em 15/06/2022 às 22:20Atualizado em 18/12/2022 às 22:20
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Ao iniciar o seu pronunciamento em Uberlândia, o ex-presidente Lula agradeceu o companheirismo de Anderson Adauto (Foto/Guilherme Bandeira Nakamura)

Críticas a Jair Bolsonaro (PL) e Romeu Zema (Novo) marcaram ontem os discursos em Uberlândia durante o ato inaugural da pré-campanha do ex-presidente Lula (PT) e do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). O evento contou também com a presença de Geraldo Alckmin (PSB), que firmou aliança para ser vice na chapa presidencial encabeçada pelo petista e Alexandre Silveira (PSD), pré-candidato ao senado. O ex-presidente, ao iniciar o pronunciamento, manifestou sua confiança no ex-prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, a quem agradeceu pelo companheirismo.

Antes do início da programação, apoiadores reunidos no local foram atingidos por dejetos jogados por um drone. Outdoors com a frase “Lula ladrão” também foram espalhados pela cidade. A situação também foi abordada pelos pré-candidatos durante os pronunciamentos no evento em Uberlândia.

No discurso, Lula citou o incidente e afirmou que nunca fez um inimigo no país durante as campanhas presidenciais das quais participou na vida política. Ele, inclusive, citou que disputou contra Alckmin em 2006 e agora os dois estão do mesmo lado. Segundo o petista, a pessoa responsável por jogar os dejetos nos apoiadores é pertencente à turma do golpe militar de 64.

O pré-candidato do PT também criticou a postura do atual Presidente sobre o aumento do preço dos combustíveis e os cortes nos programas habitacionais, desafiando o autor do ataque com o drone a mostrar quantas casas populares foram entregues por Bolsonaro em Uberlândia. Ele também acusou o pré-candidato do PL de empobrecer a população.

Já Alckmin declarou que a aliança com Lula tinha o propósito de salvar a democracia e alfinetou Bolsonaro por tentar desacreditar a urna eletrônica. “O salário mínimo decresceu com esse triste Presidente, que só tem tempo para motociata e passear de jet ski, mas não tem tempo de trabalhar pelo povo brasileiro [...] O Bolsonaro fala que não acredita na urna, mas ele não confia é no voto do povo, porque sabe que não merece outro mandato”, argumentou.

Pré-candidato ao governo de Minas, Kalil pediu desculpas pela recepção dada às pessoas presentes no ato. “Minas Gerais não recebe ninguém dessa maneira. Isso daqui é muito novo. Nós sabemos receber com bom café, com bom pão de queijo e eles mandaram o que gostam, que é cocô e xixi”, afirmou Kalil.

Além disso, o ex-prefeito de Belo Horizonte chamou os opositores de “negacionistas”, “contrários à ciência” e “amantes da cloroquina”, mas afirmou que os eleitores mineiros dariam uma resposta aos ataques com o voto em Lula para Presidente nas urnas.

Presente ao ato, o senador Alexandre Silveira (PSD) disse que quer ser um “soldado” e rodar o Brasil para convencer os integrantes do PSD a apoiar a pré-candidatura de Lula (PT) à Presidência da República no primeiro turno.

O apoio do PSD já no início das eleições é desejo do PT há meses, mas o presidente do partido, Gilberto Kassab (PSD), resiste em adotar essa posição. Ele tem receio de que o partido rache, já que há Estados onde os diretórios estaduais preferem apoiar Jair Bolsonaro (PL). 

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