POLÍTICA

Primeiro ano de mandato foi de desafios e aprendizado, diz Elisa

Publicado em 31/12/2021 às 18:37Atualizado em 18/12/2022 às 17:26
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Completando o primeiro ano de mandato, a prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) afirma que começar a gestão em meio a uma pandemia foi um desafio que trouxe muito aprendizado sobre o funcionamento da máquina pública. A chefe do Executivo admite que houve erros no início do governo, mas declara que as ações são sempre avaliadas e mudanças são feitas para corrigir as eventuais falhas.

Na expectativa da superação da pandemia em 2022, Elisa adianta que será possível tirar do papel projetos que envolvem não somente a área da Saúde. A criação de pontos de atendimento descentralizados da Prefeitura nos bairros é uma das ações no planejamento do governo municipal, assim como a retomada e ampliação das ciclofaixas na cidade.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, a prefeita detalhou os projetos que são prioridade para o próximo ano de mandato e, também, falou sobre a perspectiva das articulações políticas paras as eleições de 2022.

Jornal da Manhã - A senhora veio da iniciativa privada para estrear na gestão pública. Nesse primeiro momento de adaptação, avalia que houve erros cometidos na condução do processo?

Elisa Araújo - Eu acredito que todos nós, na administração privada ou pública, cometemos erros e o mais importante é a gente reconhecer que errou e mudar o rumo do barco, mudar as ações e tomar atitude. Não podemos ficar parados esperando o erro continuar. Então, realmente teve alguns pontos que revisamos. A gente vai revendo e apurando resultados. Sempre falo para nossa equipe que contra números não há argumentos. Com alguns resultados, a gente percebeu que algumas ações não foram tão satisfatórias e que precisava modificar. Assim a gente fez e vai fazer até o final, porque também eu não estou aqui como Imaculada, dizendo que eu não vou errar. Eu vou errar também! Ter essa consciência de que posso errar e vou mudar para acertar é o mais importante.

JM - Qual a senhora classifica que foi o pior e o melhor momento do primeiro ano de governo?

EA - O pior momento foi a semana em que me deparei com os maiores números da Covid e, por mais que a gente fizesse tudo que estava ao nosso alcance, aquele cenário não mudava tão rapidamente como a gente gostaria. Às vezes, quando a gente olha de fora, parece que passou rápido aquele período do alto da pandemia. Para quem estava vivendo com a responsabilidade da cidade e da região, era como se cada dia fosse um ano inteiro para mim. Então, aquela semana em que os números foram às alturas, para mim, foram os piores dias realmente da minha vida. Eu tinha ligações dos prefeitos da região pedindo pelo amor de Deus para receber e todo mundo vivendo aquele caos. Eu tinha, de alguma forma, além de administrar essa questão em Uberaba, administrar também da região e até, às vezes, ser um pouco de psicóloga com os meus colegas. Ao mesmo tempo, tinha que me segurar e ser firme. Foram momentos muito difíceis. Mas aí, a gente faz a comparação com o melhor momento, que foi a primeira vacina aplicada aqui, com certeza. Aquele foi o momento de muita esperança que todo o mundo esperava. Tão logo foi aplicada, a gente figurou entre os primeiros municípios do Estado de Minas Gerais em vacinação. A partir daquele momento, os números realmente começaram a arrefecer e a gente começou a enxergar uma luz no fim do túnel.

JM - O segundo pior momento foi a rejeição do PPA na Câmara Municipal e a crise na relação do Executivo com os vereadores?

EA – Sim. No início, a relação entre o Executivo e Legislativo ficou estremecida. Acho que é natural também porque é um novo governo. Então, a gente precisa, primeiro, estabelecer o nosso jeito de governo. Realmente, muitos entraram com muita vontade e se depararam com impedimentos da máquina administrativa. Estava tudo muito novo para todo mundo e aquele desgaste seria natural, porque a gente firmou o nosso jeito de fazer a política. Até você mudar algumas questões culturais realmente leva um tempo. Hoje eu tenho a felicidade de ouvir de muitos vereadores que nunca tinham visto o jeito de governar que a gente escolheu. Eles estão surpreendidos, e surpreendidos positivamente. Eu vou te dar um exempl nós entregamos emendas de 2019. Isso era muito usado na relação com o Legislativo como uma forma de politicagem e esse não é o nosso jeito. Queremos trabalhar em parceria com o Legislativo. O que a gente quis estabelecer é que projetos em prol sairiam do papel, mas muitos não acreditavam, no início, porque essa prática não era feita antes. Então, até eu provar que o que eu dizia era o que eu iria cumprir, realmente leva um tempo. Aquele momento serviu para amadurecimento de ambas as partes. Da minha parte, eu fui para um diálogo mais próximo com os vereadores. Fui atrás para conversar num gesto de aproximação e interesse em construir essa parceria. A nossa relação amadureceu bastante.

JM - A decisão mais complicada foi a de trazer ou não os manauaras para Uberaba?

EA - Sim. Eu tinha 23 dias de governo naquela ocasião. Importante a gente falar que o SUS é universal. O governo federal determinando a transferência dos pacientes, a gente não tinha escolha. O governo do Estado ainda acionou o município e deu essa oportunidade para a gente se organizar para poder receber, mas naquele momento a decisão ainda estava nas minhas mãos e eu tive que reunir com a equipe técnica. Ficamos mais de 10 horas reunidos e traçando estratégias, porque tinha que ser extremamente isolada e muito segura a vinda desses pacientes, tanto para os profissionais de Saúde quanto para a comunidade. Naquele momento, eu me encontrei na minha primeira e maior decisão de chefe do Executivo. Foi importante uma decisão que eu tomei de convidar o Legislativo para essa discussão. O Legislativo, assim como eu, foi escolhido legitimamente pelo povo e representa o povo. Era importante que a comunidade participasse dessa discussão e os representantes legitimamente participaram e decidiram junto com a gente. Não foi uma decisão humanitária só da Elisa, mas de todos.

JM – A senhora pretende alçar novos voos na política? Já está decidida a disputar a reeleição em 2024?

EA – Eu sou virginiana pé no chão. Primeiro é trabalho. O futuro a Deus pertence. O mais importante é a gente entregar aquilo que a comunidade está esperando da gente. É a minha primeira experiência na Gestão Pública. Então, eu não visualizo o futuro agora. Agora estou focada no presente, no trabalho de entregar tantas coisas que uberabense precisa. Nós temos que trabalhar. Quanto à reeleição, tem um caminho longo até lá. E outra: o cenário muda tanto. Vamos ver. A vida da gente também muda. A gente não pode tão adiantadamente falar sobre esse assunto. Hoje, o que eu posso dizer é que eu quero cumprir minha missão de 4 anos de mandato.

JM – Quanto à eleição do ano que vem, a senhora já definiu quem vai apoiar?

EA – Eu estou hoje no Solidariedade e o partido no estado de Minas Gerais tem uma liberdade muito grande. Como o presidente da sigla, Paulinho da Força falou que vai apoiar o Lula, e as pessoas perguntam se vou apoiar o Lula. Eu não vou apoiar o Lula porque não tem o meu perfil, mas o partido me garante essa liberdade de apoiar outros candidatos. Ainda estou discutindo quem será. O que eu posso dizer é que eu vou apoiar o governador Romeu Zema e o deputado federal Zé Silva. Porém, a gente ainda está estudando como vai ser essa chapa de Deputados Federais do Estado de Minas. Se vamos agregar mais nomes nessa chapa. Para deputado estadual, a gente ainda está estudando quem será o nome de Uberaba que vai compor a chapa do Solidariedade. Outros partidos vão compor a base que eu vou apoiar. Ainda está sendo estudado. Tem que ter afinidade e confiança. Eu tenho muita cautela para construir qualquer tipo de apoio. A gente está construindo a relação com os futuros candidatos que podem ser apoiados por nós.

JM - A entrega das chaves dos Girassóis 4 vem sendo cobrada pelas famílias. Já tem uma data definida?

EA - A gente gostaria de ter entregue até o Natal. Porém, a parte burocrática nos impediu. Está agendado e a gente já está garantindo a questão da energia elétrica. Todos os problemas que aconteceram nessa primeira entrega estão com as soluções garantidas para a entrega dia 14 de janeiro. Por que teve aquele problema de energia na primeira entrega? Aconteceu um acidente em outra região de Minas e a Cemig teve que deslocar toda a equipe, porque ficaram cidades sem energia. Por isso, houve o atraso. Não foi uma incompetência da equipe ou uma desorganização. Foi um acidente que a gente não esperava. Espero também que não aconteça outro.

JM – A Nutriplus está com contrato a ser encerrado com o município, mas há muitas merendeiras que ficaram sem receber da empresa. Como a Prefeitura pode ajudar nessa situação?

EA - Não temos amarras com ninguém e a gente tomou as providências. A empresa vai ficar inabilitada por dois anos de prestar serviço para a Prefeitura. Em relação às merendeiras, é um problema muito sério, porque é muita irresponsabilidade da empresa não pagar as merendeiras. O que a gente está fazendo é reter o pagamento de ações judiciais que estão já julgadas. Ainda tem o pagamento de dezembro. Elas têm que correr atrás e acionar judicialmente a empresa para a gente poder reter o pagamento e pagar essas merendeiras, que tanto precisam. Inclusive, a gente pagou algumas em meses anteriores.

JM - Até o ano passado havia uma ciclofaixa na avenida Nenê Sabino que foi desmontada. Por que a medida foi tomada? O projeto será retomado pela atual gestão?

EA - Planejar uma cidade não é coisa rápida. Para inserir ciclovia, é preciso fazer uma harmonização dos modais e estudos precisam acontecer para a elaboração de bons projetos, ou vai ter problema. A ideia é que a gente amplie as ciclovias pela cidade inteira. De fato, existia um contrato referente a essa ciclofaixa. Nós apuramos que havia alguns ajustes a serem feitos nesse contrato. A gente vai reiniciar em um novo formato, porque para toda exploração do espaço público precisa ser aberto um chamamento público e dar oportunidade para várias pessoas explorarem. Então, a gente está revitalizando o contrato e trazendo a oportunidade de exploração de mais áreas. A gente tem também um projeto de fechar algumas avenidas aos finais de semana, não só no centro da cidade, mas também nos bairros periféricos. Igual o projeto que existe em São Paulo e Brasília. Está sendo avaliado até pelo setor de trânsito. O objetivo é estimular a prática de esportes.

JM - Tem previsão de data para essa chamada pública referente à exploração da ciclofaixa?

EA - Ainda não posso falar com precisão. Mas, com toda certeza, tem que ser no primeiro semestre de 2022.

JM – Há investimento previsto para aumentar o turismo em Peirópolis a partir do ano que vem?

EA - Tem um projeto de uma revitalização da entrada de Peirópolis. A gente vai duplicar a via de acesso de entrada e vai fazer uma placa de boas-vindas. Estamos também prospectando empresas de entretenimento para instalar em Peirópolis, sempre respeitando a cultura, a história e aquele desenho bucólico que tem Peirópolis. Também estamos em tratativas com a UFTM para fazermos um projeto de modernização do Museu dos Dinossauros.

JM - Essa empresa de entretenimento seria na área de ecoturismo para oferecer atividades como rapel e tirolesa?

EA – Também. Uma outra proposta seria criar o Parque dos Dinossauros. Nós somos aqui um grande paleontológico, o maior da América Latina. A gente precisa valorizar essa potencialidade que nós temos aqui. Existem locais em que o próprio sítio paleontológico, a área de escavação, também é ponto turístico, e aqui a gente não tem. Está sendo estudado, com muita cautela, talvez até criar trilhas de visitação.

JM – E com relação ao castramóvel? Eles serão ativados?

EA - Diversas vezes foi dito que o castramóvel é praticamente um presente de grego para o município. Temos três e não podemos operar sem vários itens que o CRMV exige. Aí a gente optou por fazer esse convênio com as clínicas para poder fazer a castração de uma maneira mais ágil. Enquanto isso, a gente vai preparando o castramóvel para poder operar. Estamos preparando o castramóvel e é importante esclarecer para a comunidade que nós recebemos essa pasta da Causa Animal sem um real. Sem dinheiro, você não faz nada no Poder Público. Foi aprovado na Câmara de Vereadores orçamento para essa parte e, a partir do ano que vem, vamos conseguir avançar muito. Esse convênio estava previsto para ser assinado no dia 10 de dezembro e já iniciarmos agora no final do ano a castração com as clínicas. Novamente, a parte burocrática teve que ser revista. Tinha alguns probleminhas e a gente tem que ter muita responsabilidade com documento. Então, voltou para ser melhor elaborado para a gente poder, agora no início de janeiro, assinar o convênio e começar a girar a castração e os castramóveis, inclusive nos bairros rurais, que têm muitos animais errantes. A perspectiva é que seja no primeiro semestre, porque agora a gente tem dinheiro para poder aplicar na compra dos equipamentos e preparar os castramóveis. Além disso, também eu preciso de pessoal. A gente não tem profissionais para atuar. Por isso que optamos pelas clínicas no primeiro momento, para agilizar.

JM – Em relação à gestão das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), o convênio com a Funepu foi prorrogado até meados do ano que vem. A intenção da Prefeitura é estender de novo o contrato com a Funepu ou será aberto um novo processo para buscar uma outra instituição?

EA – Ainda estamos apurando. A própria sindicância que foi aberta pelo município em relação ao contrato da Funepu ainda não está finalizada. A parte dela é que nós vamos tomar decisões. Ao que tudo indica, é preciso melhorar a relação do município com a Funepu para ajustar alguns pontos. O município muitas vezes foi falho com a fundação. Um contrato bem feito, um serviço bem prestado também é uma via de mão dupla. A gente tem pessoas muito sérias e responsáveis dentro da Funepu e só precisa ajudar nesses detalhes.

JM – Tinha um problema em relação ao recurso que vinha para a UPA São Benedito e que foi bloqueado porque algumas obras estruturais não foram feitas. A situação foi corrigida ou continua bloqueado recurso?

EA - Continua bloqueado. Foi um problema da gestão anterior e nós estamos ajustando talvez até uma nova unidade de UPA. Seria transferida a UPA São Benedito para outro local para ela voltar a receber recursos do governo federal, pois aquele prédio tem muitos problemas estruturais e algumas ambulâncias não passam ali na entrada, por causa da marquise. Então, talvez seja mais interessante construir em um novo local. Não posso ainda adiantar onde, mas estamos prevendo em uma área mais populosa da cidade. O imóvel onde hoje está a UPA poderia ser adaptado para abrigar uma Unidade Dia.

JM – E a Unidade Básica de Saúde do São Benedito? Ainda vai ser construída?

EA - Nós estamos estudando isso porque ter duas unidades ali tão perto talvez não seja viável, mas a perspectiva é uma unidade dia com UBS acoplada.

JM - É isso que está segurando a publicação do novo edital da obra da Unidade Básica do São Benedito?

EA – Também. Tem alguns outros detalhes de projeto que não estavam bem especificados, mas vai ter atendimento. Não podemos deixar aquela região sem atendimento porque é muito populosa.

JM – Há um projeto para um plano de arborização para Uberaba?

EA – Existe sim. Hoje tem espécies inadequadas na via pública. Aí a árvore cai, a árvore dá cupim, ela estourou o asfalto. São árvores para serem usadas no campo, e não no meio urbano. Então, o plano de arborização compõe uma série de planos do que eu falo que está dentro do guarda-chuva do Plano Diretor da cidade, que vai ser realizado aí no próximo ano. O plano de arborização já foi para contratação e foi aprovado pelo Comam (Conselho Municipal de Meio Ambiente). Vai custar R$300 mil. Será o primeiro plano que já vai ser iniciado agora nos primeiros meses do ano de 2022. A expectativa é que, até o meio do ano, ele esteja pronto, e a gente tenha previsto para o meio urbano áreas verdes consistentes e com espécies adequadas, que inclusive demandam menos manutenção.

JM - De onde virão essas mudas? Serão compradas ou devem ser produzidas no Horto Municipal?

EA – O Horto produz hoje, em média, 80 mil mudas por ano e a expectativa é que passe para 300 mil mudas a partir do ano que vem. Prioritariamente, serão utilizadas no plantio das áreas verdes da cidade, das praças e dos parques. Mas também tem uma quantidade prevista para a doação de mudas para a comunidade. A pessoa também vai receber orientação técnica para colocar a espécie adequada e não estourar o muro dela, nem a calçada.

JM – Quais os critérios que o município adotou para transferir a folha de pagamento para o Banco do Brasil?

EA – A cada cinco anos, o município tem direito de vender a folha de pagamento, assim como o Estado também fez esse ano. Nós avaliamos a melhor proposta. O Banco do Brasil nos ofertou, além de um serviço mais moderno, também um valor maior. A gente apostou no “Quem dá mais” e até recebemos muitos elogios pelo valor que nós conseguimos vender a nossa folha. Foram R$22 milhões pagos à vista. Então, isso foi considerado uma excelente negociação.

Isso vai ser canalizado para o pagamento de progressões e tudo que está congelado para os servidores. Nós vamos ajudar as progressões, que já deveriam ter sido pagas.

JM – O uso de espaço no prédio da agência central do Banco do Brasil também entrou na negociação. O imóvel pode ser utilizado para abrigar uma central de atendimento ao cidadão, como uma espécie de Poupatempo?

EA – Sim. A gente está estudando um modelo de Poupatempo e a ideia mais para frente é ter Poupatempo também nos bairros, adotando ali dentro das escolas para poder prover esse serviço. Já está funcionando assim no atendimento do Refis. A ideia é que a gente consiga fazer isso porque aí descentraliza e as pessoas não precisam ficar esperando na fila da Prefeitura. É só ir perto da casa dela para receber o atendimento de maneira mais ágil.

JM – E o imbróglio do Centro Administrativo? Há risco de a Prefeitura ser despejada?

EA - Apareceram muitos donos do prédio e a gente definitivamente gostaria de resolver aquele problema e pagar para quem é de direito. Está tramitando o processo. Possivelmente tem um dono, a gente está apurando juridicamente, com bastante segurança, para poder fazer qualquer movimentação. Se o proprietário realmente comprovar, ele vai ter que dar um tempo para a gente. Não há risco de um despejo tão rápido, até porque em nenhum momento nos esquivamos de tentar resolver. Só queremos segurança jurídica.

JM – O funcionamento das unidades básicas no período noturno não está previsto no orçamento de 2022, mas esse era um projeto da sua plataforma de governo. A senhora desistiu dessa proposta?

EA - Não desistimos. Nesse ano de 2021, nós funcionamos várias unidades até as 22 horas, tanto para vacinação como também para o atendimento. O que ocorre, é que para o ano que vem nós vamos reestruturar todo o sistema de saúde. Primeiro, a gente vai chamar aqueles servidores que passaram no concurso e aqueles servidores que passaram no processo seletivo para a gente reformular as equipes. Com essa perspectiva de reformular as equipes de saúde da família, a gente vai diminuir essa necessidade de atendimento até mais tarde. Mas é um projeto, sim, do nosso governo e nós vamos estruturar toda a rede para receber essa ação até as 22 horas. O objetivo é prover a oportunidade do trabalhador de fazer a sua prevenção. Então, a expectativa é que em 2023 a gente consiga avançar nesse projeto do atendimento noturno nas unidades de saúde.

JM - Teve a assinatura do acordo da saúde esse ano. Foi feito um encontro de contas com o Estado para saber se o que era devido para o Hospital Regional está nesse bolo de R$ 85 milhões que será pago a longo prazo pelo Estado?

EA - Esse montante de R$85 milhões ainda não foi discriminado para a gente. Ele vai ser discriminado após o pagamento da primeira parcela. Assim que ele for depositado, vem na sequência detalhado o que eles estão pagando. Não sei te falar ainda se está ou não inserido o Hospital Regional, mas a gente sabe que há um estudo jurídico desse contrato tripartite, que foi feito lá atrás pelo Estado, União e municípios. A dúvida do governador era a segurança jurídica da assinatura desse convênio.

JM - Daqui para frente, vai começar a vir esse repasse do Estado para o Hospital Regional?

EA - Estou esperando do Estado a informação da validade desse passado para a gente poder construir o futuro, ou igual ou de maneira diferente.

JM - A senhora acredita, então, que em 2022 a gente pode ter uma resposta definitiva do Estado sobre o custeio do HR?

EA – Temos que ter. Acredito que não avançou em função de todo o momento na Saúde que nós vivemos, com a pandemia, vacinação, troca de secretário de Saúde no Estado. Teve um foco na Covid e acabou alguns temas aí, que têm o imbróglio jurídico um pouco mais profundo, ficando para um segundo plano, mas acredito, sim, que neste ano a gente resolve.

JM – A senhora tem um decreto de calamidade que venceu no dia 31 de dezembro. Anteriormente, a senhora acompanhou o Estado quando ele prorrogou. Pensa em ampliar a validade desse decreto mais uma vez para 2022

EA - Vamos continuar acompanhando o Estado. Tudo vai depender do que ele direcionar, mas, pelo andar da carruagem em nível nacional, acredito que ele não vai ser prorrogado. Eu tenho que esperar.

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