SAÚDE

Você já ouviu falar na síndrome do impostor?

Publicado em 20/07/2021 às 20:30Atualizado em 19/12/2022 às 02:47
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Quem nunca se sentiu insuficiente e inseguro, em algum momento, em alguma área, por qualquer motivo, que atire a primeira pedra. Porém, esse sentimento, quando constante, é extremamente prejudicial à saúde mental de qualquer ser humano. Ter um pensamento duvidoso martelando, 24 horas por dia, sobre a própria capacidade de cumprir tarefas, independente de qual seja, pode ser mais do que uma questão de insegurança e sim uma síndrome ainda pouco conhecida.

A Síndrome do Impostor é um termo relativamente novo que foi utilizado na década de 70. Segundo a psicóloga Kassia Borges, a síndrome é considerada uma desordem de percepção e um mecanismo de autossabotagem. “A pessoa começa a ter uma desordem de percepção sobre si mesma como sendo uma pessoa fraudulenta. A pessoa passa a duvidar de tudo que ela faz: dos pensamentos, das atitudes, dos sentimentos”, afirma a psicóloga.

Ainda segundo a especialista, há uma desvalorização das conquistas nessa síndrome, ela é um padrão exagerado em duvidar de si mesmo. Isso acaba prejudicando a vida pessoal do indivíduo, trazendo bastante insegurança e baixa autoestima. “Tende a prejudicar a vida profissional e estudantil, pois a pessoa não acredita nas capacidades e habilidades próprias. Há muita dificuldade em realizar tarefas e também prejudica na vida social, pois a pessoa evita relacionamentos, fica com medo de como ela está se comportando”, explica Kassia.

É importante ressaltar que ela pode vir acompanhada de outros problemas, como ansiedade, depressão, ou pode dar origem a esses problemas. Além disso, não há um momento específico de surgimento da síndrome do impostor. Mas, alguns fatores desencadeantes vão ocorrendo e se aglomerando ao longo da vida e podem culminar no surgimento da síndrome.

“Em algum momento, todo mundo vai ter essa vivência, de autossabotagem, desvalorização. O que diferencia a normalidade e o patológico é a intensidade e a frequência desses sentimentos e dessas atitudes. Mesmo não tendo um momento certo, é possível observar alguns fatores desencadeantes”, conta a psicóloga.

Alguns exemplos de fatores desencadeantes são famílias muito rigorosas, muita vivência em ambiente de cobrança, exposição a críticas negativas constante seja na família, na escola ou em grupos sociais.

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