POLÍTICA

Taxa de positividade não considera total de testes realizados, assume chefe da Vigilância Epidemiológica

Gisele Barcelos
Publicado em 31/05/2021 às 12:26Atualizado em 19/12/2022 às 03:23
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Cálculo da taxa de positividade não considera todos os testes de Covid-19 realizados na cidade. A informação é da chefe do departamento de Vigilância Epidemiológica, Larissa Bandeira de Mello, que falou à Rádio JM sobre os questionamentos referentes à veracidade do índice divulgado no fim de semana. De acordo com a chefe de Vigilância Epidemiológica, o município está seguindo uma nota técnica da Fiocruz, que indica uma seleção de determinados tipos de teste para realizar o cálculo da taxa de positividade. Ela informa que diretriz estabelece a inclusão somente do RT-PCR realizados na rede privada, enquanto da rede pública são considerados o RT-PCR, a pesquisa de antígeno e também os testes rápidos de swab nasal.

A estratificação, como denominou a chefe do departamento, é o motivo da divergência nos dados utilizados para o cálculo da taxa de positividade e as informações sobre casos positivos divulgadas nos boletins ao longo da semana. Para fins do cálculo do indicador, foram considerados 591 testes positivos. Já o somatório dos boletins da semana apontaram 1112 casos confirmados de 23 a 29 de maio.

A situação levantou ainda mais dúvidas sobre a credibilidade da taxa de positividade, já que estima-se que um número bem maior de testes rápidos sejam feitos na rede privada através das farmácias e não seriam contabilizados nos cálculos.

Questionada, a chefe de Vigilância Epidemiológica manifestou que consultas estão sendo feitas para incluir os demais testes realizados na rede privada nos cálculos da taxa de positividade, mas é preciso uma avaliação prévia para assegurar a confiabilidade dentro dos parâmetros científicos.

Por outro lado, Larissa ressaltou que a pandemia de Covid-19 é uma situação dinâmica e admitiu que somente a taxa de positividade pode não ser o melhor indicador para definir sobre o endurecimento ou flexibilização de regras.

"Surge a necessidade de inserção de outros indicadores complementares para subsidiar tomada de decisões para serem mais assertivas [...] No momento, diante do que estamos observando, precisa ser revisto", posicionou.

De acordo com a chefe de Vigilância Epidemiológica, a equipe técnica está analisando outros indicadores para a definição das medidas de enfrentamento, mas ainda não houve uma decisão final. Ela também não citou data para o início da utilização dos novos parâmetros.

A Prefeitura começou a analisar na semana passada a possibilidade de incluir o índice de ocupação de leitos e a taxa de transmissibilidade como critérios para a tomada de decisão. Ainda não há confirmação de quando os indicadores passarão a ser considerados.

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