Controladoria diz que não houve má-fé em estocagem de remédios no Zoonoses

Foto/Jairo Chagas

Controladoria-Geral do Município concluiu no mês passado sindicância aberta para averiguar denúncia sobre medicamentos e insumos vencidos que foram encontrados em sótão do Centro de Zoonoses. O relatório já foi entregue para análise do prefeito Paulo Piau (MDB) e, também, deve ser encaminhado para o Ministério Público. 

De acordo com o controller Carlos Bracarense, a sindicância averiguou o caso e não verificou um ato deliberado de má-fé, apenas uma prática equivocada de armazenamento que se arrastava por vários anos. “Houve um desencontro de informações devido à troca de equipe na mudança de governo, o que levou à perda do material”, explica.

Segundo Bracarense, cerca de dez pessoas devem responder a processos disciplinares. Porém, o relatório não apontou a necessidade de acionar judicialmente nenhum dos servidores envolvidos.

O controlador afirma que o relatório também apontou diversas recomendações para corrigir problemas e aprimorar a gestão de estoque para evitar que insumos sejam perdidos por prazo de validade expirada.

Por outro lado, em meio a recesso parlamentar, a Câmara Municipal prorrogou prazo para apresentação de relatório final da Comissão Especial de Inquérito instaurada para apurar o caso. A data-limite para apresentar o documento encerraria em janeiro, mas foi estendida por 90 dias. Com isso, a comissão terá até abril para concluir o documento, que será lido em plenário. 

A Comissão Especial de Inquérito foi instaurada em outubro do ano passado, após o vereador Thiago Mariscal (MDB) realizar visita ao Centro de Controle de Zoonoses e encontrar medicamentos veterinários e insumos com data de validade vencida em forro de canil. Entre os itens estavam seringas e remédios vencidos em várias épocas, de 2003 a 2017.