POLÍTICA

Caso Adélio Bispo: advogado diz que vizinho de cela mentiu para reduzir pena

Advogado afirma que o colega de cela de Adélio inventou a informação onde disse que o autor da facada tinha recebido promessa de pagamento

Publicado em 01/11/2019 às 17:53Atualizado em 18/12/2022 às 01:35
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Nesta sexta-feira (1º), foi divulgada a informação de que o autor da facada ao presidente Jair Bolsonaro teria recebido a promessa de ganhar R$ 500 mil para cometer o atentado. Porém, o advogado Marcos Mejìa, da equipe de defesa de Adélio Bispo de Oliveira, nega. "Não tem verdade alguma. Calcar a investigação em cima de teorias como essas é muito perigoso", opina.

A informação partiu do iraniano Farhad Marvizi, vizinho de cela de Adélio Bispo. O advogado ainda conta que o iraniano chegou a dizer que faria de tudo para diminuir a pena e teria condição de subornar qualquer juiz. "Ele colou no cara que ganhou fama processual pela tentativa de homicídio do presidente, tentando levar alguma vantagem, mas é um falastrão", afirmou o advogado, que faz parte da equipe de Zanone Manuel de Oliveira Júnior.

Adélio ficou poucos dias em contato com Farhad Marvizi, apenas no período em que dividiram a ala de saúde da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). De acordo com o defensor, Adélio sempre estranhou a insistência do vizinho de cela para se aproximar e ficou preocupado com o que o iraniano poderia fazer contra ele. "No momento em que começou a tomar comprimido [do tratamento psiquiátrico], passou a ter mais claro o limite do certo e do errado, passou a perceber quem é de bem e quem é de mal".

A informação de que Adélio teria dito a Marvizi que recebeu a promessa de R$ 500 mil para matar Bolsonaro foi divulgada pela revista Crusoé. Segundo o veículo, o iraniano teria afirmado à Polícia Federal, ainda, que o servente de pedreiro faz parte de uma facção e revelou a ele o nome do mandante do atentado.

O presidente Bolsonaro anunciou no início deste mês que recebeu uma carta de um vizinho de cela de Adélio com informações sobre a facada. Marvizi seria o autor do texto e foi ouvido por aproximadamente uma hora pelo delegado da Polícia Federal, Rodrigo Morais. Nessa conversa, o preso teria dito que só falaria tudo o que sabe se ganhasse o perdão presidencial. "Sequer me preocupei em acompanhar esse depoimento", conta Mejìa.

*Com informações R7 

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