POLÍTICA

Homem que atacou Bolsonaro morou em Uberaba e protestava contra AA

Durante o período em que residia na cidade, o acusado de esfaquear o candidato se filiou ao Psol e mudou várias vezes de endereço

Gisele Barcelos
Publicado em 06/09/2018 às 22:33Atualizado em 17/12/2022 às 13:16
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Foto/Jairo Chagas

Quando morava em Uberaba, Adélio Bispo de Oliveira (com a cruz na mão) fazia manifestações contra o prefeito Anderson Adauto

Acusado de esfaquear o candidato Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora (MG) ontem, Adélio Bispo de Oliveira foi filiado ao Psol em Uberaba e atuou em diversas manifestações contra o ex-prefeito Anderson Adauto entre 2005 e 2007. Conforme informações do sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o acusado foi filiado ao Psol de Uberaba entre maio de 2007 e dezembro de 2014, quando pediu para deixar o partido.

Durante o período em que viveu na cidade, Adélio mudou diversas vezes de endereço e morou em pelo menos três bairros da periferia: Jardim Bela Vista, Uberaba 1 e Elza Amui. Há informações de que ele trabalhava como servente de pedreiro. Em um dos endereços, vizinhos relataram que ele sempre morou sozinho e tratava bem as pessoas da vizinhança.

Segundo o dirigente do Psol em Uberaba, Eustáquio Reis, Adélio não demonstrava ter perfil violento no período que foi filiado à sigla. “Do período em que estive com ele nunca imaginei nada. Até me surpreendeu a notícia [do ataque a Bolsonaro]”, manifestou. Eustáquio explica que Adélio não se envolvia com as atividades partidárias e não frequentava as reuniões da sigla. “Ele foi filiado do partido, sim, mas daqueles que se filiam e somem”, argumenta.

O dirigente do Psol conta que conheceu Adélio durante uma série de manifestações em Uberaba contra o ex-prefeito Anderson Adauto, em 2005 e 2006. Um dos atos aconteceu na Câmara Municipal, e um grupo levou um caixão para o local em protesto contra Adauto, um dos réus no mensalão. Segundo o líder partidário, o próprio Adélio solicitou a filiação ao partido.

O representante do Psol relata que o ex-filiado mudava muito de emprego e posiciona que teve pouco contato com Adélio, nem chegando a frequentar a casa dele ou conhecer familiares antes da desfiliação e da mudança de cidade. Eustáquio não tem informação se depois de se desfiliar da sigla em Uberaba houve filiação novamente em outro município. "Perdemos o contato. Há muitos anos que não o vejo", disse.

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