Minas Gerais ganha delegacia voltada para repressão de roubo a banco

 Em 2017, dia sim e dia não ocorreu um roubo a banco em Minas Gerais. A informação é do Jornal O Tempo, destacando que, na maioria das notícias sobre esses crimes, os bandidos não foram encontrados, deixando apenas o estrago financeiro e estrutural, além de contribuir para o aumento da sensação de insegurança no Estado. Com o objetivo de combater mais de perto essa prática, chefes da Polícia Civil anunciaram, nessa semana, a criação de uma delegacia especializada em investigação e repressão ao roubo a banco no estado. A expectativa é de realocar 20 policiais para essa função.

O chefe adjunto da Polícia Civil Rogério de Melo Franco afirma que, em 2010, esse crime ficou conhecido como um pseudo cangaço. “Em Minas não tem cangaço, se tiver nós seremos o chefe do volante para combatê-los. Vamos identificar e neutralizar células criminosas, com trabalho de inteligência, agindo preventivamente, acompanhando e fazendo interceptação”, afirmou ao Tempo. Levantamento aponta que, no ano passado, foram registradas 149 ocorrências no estado. O número é 31% menor que em 2016, quando foram 216 roubos a banco.

A delegacia especializada nesse crime funcionará no prédio do Departamento de Operações Especiais (Deoesp). Além dela, será criada também a de furto e roubo e desvio de cargas, e a específica de crimes rurais.

Segundo O Tempo, a nova equipe contará com a ajuda dos departamentos do interior do Estado e de atiradores de elite do Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), que começará a funcionar em breve, segundo Franco. A chefia da polícia avalia que o perfil das quadrilhas que atuam nessa prática é diversificado, mas, geralmente, são pessoas de outros estados.

Criar um departamento especializado não é uma novidade para os mineiros. No passado, já houve tentativa nesse sentido. Contudo, o chefe adjunto da PC pontua que, dessa vez, partirá para o confronto com os bandidos: “e eles virão na horizontal”. Entretanto, Franco não detalhou se haverá aumento de efetivo e novos investimentos na Polícia Civil que vem passando por grave crise denunciada pelos sindicatos da categoria.

***Com informações do Jornal O Tempo