POLÍCIA

PF realiza operação contra suspeitos de arquitetar fuga de membros de facção e sequestro de autoridades

Publicado em 10/08/2022 às 10:37Atualizado em 18/12/2022 às 21:17
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Juntamente com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quarta-feira (10), uma operação contra grupo suspeito de arquitetar a fuga de chefes de uma organização criminosa que estão detidos nas penitenciárias federais de Brasília e também em Porto Velho, em Rondônia.

A PF cumpre, ao todo, 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados são no Distrito Federal; em Campo Grande e Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul; na capital paulista, Santos e Presidente Prudente, estas três últimas no estado de São Paulo. Na lista de alvos da Polícia Federal está a esposa de Marcos Willians Herbas Camacho, traficante conhecido como Marcola.

Conforme informações da PF, além do provável resgate dos presos, a organização criminosa tinha intenção de sequestrar autoridades para conseguir a soltura de criminosos.

O mandado de busca contra a esposa de Marcola foi cumprido pela PF em uma casa no Alphaville, condomínio de alto padrão localizado na cidade de São Paulo. Em março de 2022, Marcola foi transferido da Penitenciária Federal de Brasília, onde estava preso desde o ano de 2019.

Compondo a lista dos presos apontados pela investigação como os alvos de resgate, estão os nomes de Marcos Willians Herbas Camacho, Edmar dos Santos, Cláudio Barbará da Silva, Reinaldo Teixeira dos Santos, Valdeci Alves dos Santos e Esdras Augusto do Nascimento Júnior.

Em Brasília, os alvos são quatro advogadas dos detidos, três das advogadas tiveram as prisões decretadas. No Mato Grosso do Sul, por sua vez, são dois alvos. Em São Paulo, no mínimo seis advogados são investigados na ação, além de familiares dos chefes da organização criminosa.

Segundo a PF, o plano possuía uma rede de comunicação entre os presos e os suspeitos de estarem envolvidos na ação de resgate. Conforme apurado pelos investigadores, a troca de mensagens era feita com mediação dos advogados.

Durante os atendimentos aos clientes, os defensores faziam uso de códigos com situações jurídicas fictícias. A Polícia Federal afirma também que além dos resgates dos "cabeças" do grupo, a organização criminosa tinha intenção de sequestrar autoridades do Depen para usá-las como "moeda de troca" na soltura de criminosos.

Em nota, o Departamento Penitenciário Nacional informou que os presos envolvidos ingressaram nos presídios federais em fevereiro de 2019, "justamente em decorrência da descoberta, pelas autoridades do estado de São Paulo, de plano de fuga que, à época, já estava em articulação por tais líderes, estão custodiados na Penitenciária Estadual de Presidente Venceslau II".

 

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