POLÍCIA

Ex-vereador é acusado de difamação ao publicar vídeo com informações falsas

Publicado em 19/10/2021 às 19:45Atualizado em 19/12/2022 às 01:40
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Foto/ Reprodução

A servidora teria completado a seringa com a quantidade certa da vacina e o vereador publicou vídeo como se o recipiente estivesse vazio

Ex-vereador e atualmente assessor parlamentar, de 37 anos, está sendo acusado de difamar servidora pública municipal, de 57 anos. A queixa foi feita na Polícia Civil, na segunda-feira (18). O ex-vereador teria publicado em suas redes sociais vídeo de uma adolescente se preparando para receber vacina contra a Covid-19 das mãos da servidora pública, que segura uma seringa aparentemente faltando líquido. A Polícia Civil vai instaurar inquérito policial.

A reportagem do Jornal da Manhã procurou entrar em contato com o ex-vereador para que pudesse dar sua versão, mas até o fechamento desta matéria não havia retorno à mensagem.

A responsável técnica pela central de vacina também compareceu na delegacia e relatou que, “assim que a situação foi averiguada, ficou muito bem constatado que a servidora pública municipal não cometeu nenhum deslize no processo da vacinação”.

O vídeo, provavelmente, é do dia 15 passado e ganhou repercussão, pois nas imagens aparece a servidora pública, que exerce a função de auxiliar de enfermagem, segurando uma seringa para que pudessem observar e filmar a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 na adolescente.

Na queixa à Polícia Civil, a auxiliar de enfermagem relata que, “durante a aplicação da vacina em uma menor de idade, houve uma situação em que a servidora precisou complementar a dose até o nível correto da seringa, tendo, claramente, a todo momento, ofertado para que a menina e outros pudessem ver que estava tudo correto dentro da seringa”.

Acompanhada de testemunha, a auxiliar de enfermagem relata ainda que “a tal filmagem foi enviada ao ex-vereador e atual assessor parlamentar, que publicou o vídeo em suas redes sociais, dando outra conotação aos fatos, como se tivesse cometido um crime ao supostamente não ter aplicado a dose correta de maneira deliberada, e ainda escreveu junto ao vídeo um texto que expõe a servidora ao ‘escárnio público’, pois, além de sugerir falsamente o cometimento de um crime ao que classificou no texto como sendo aplicação de ‘vacina de vento’, também imputou fato ofensivo contra sua reputação, manchando a honra da servidora publicamente”.

Por fim, ainda de acordo com a auxiliar de enfermagem, “com os comentários da postagem do vídeo nas redes sociais do acusado, várias pessoas aparecem dizendo coisas com “Ela precisa ser presa e etc.”. 

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