Operadora de caixa acusa chefe por importunação sexual, no Pacaembu

Operadora de caixa, de 22 anos, procurou uma Base de Segurança Comunitária da Polícia Militar e registrou queixa de importunação sexual contra seu chefe, de 49 anos. O fato teria ocorrido na sexta-feira (30) em um comércio na avenida Américo Pessato, bairro Pacaembu, mas o registro policial foi feito ontem.

A vítima relata que pediu demissão, mas o acusado não teria aceito. O acusado não foi preso. O registro foi encaminhado à Polícia Civil.

Conforme relatos da operadora de caixa, ela se encontrava trabalhando e deslocou-se até o banheiro, onde em dado momento encontrou um escorpião. Chamou, então, seu chefe para tirar o animal. Ainda segundo a moça, ela saiu do banheiro e se encontrava no bebedouro, pegando água, quando seu chefe a “encoxou”. Ele teria colocado as mãos em sua cintura. 

A operadora de caixa relata que no sábado (31) foi trabalhar, imaginando que seu chefe não estaria no estabelecimento, mas, ao chegar, o encontrou local e ele teria dito que tinha feito “burrada” e que aquilo não deveria ter acontecido.

A moça contou o que teria acontecido a seu marido e à mãe, que a incentivaram a não voltar mais para a empresa. Ao comunicar tal decisão ao chefe, ele alegou que não aceitava a demissão, pois todo mundo gostava dela e que ele tinha feito coisa errada e que se arrependeu.

Ela disse, também, que seu chefe argumentou que, se ela saísse, teria que pagar 40% de multa referente ao acerto, fato que a operadora de caixa não aceitou. E relatou que, após o acontecimento, ela se deu conta de outras atitudes invasivas do chefe que até então não pareciam ser maliciosas, como olhares e comentários do tipo “loirão”.