POLÍCIA

Operação da PF mira organização mineira que prometia levar brasileiros aos EUA ilegalmente

Publicado em 02/12/2020 às 15:21Atualizado em 18/12/2022 às 11:08
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Foto/Divulgação/PM

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (02) a Operação Lei do Retorno, para  apurar a atuação de uma associação criminosa sediada na região de Caratinga (MG), que se dedica a promoções com objetivos de vantagem econômica, a entrada ilegal de brasileiros nos Estados Unidos da América – USA, submetendo suas vítimas a condições degradantes.

Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Caratinga e Tarumirim, no Rio Doce.

De acordo com informação da PF, um grupo criminoso cobrava entre U$ 15 mil e U$ 18 mil dos interessados em entrar clandestinamente nos EUA, fornecendo toda a logística da viagem.

Segundo as investigação, os brasileiros que se sujeitavam à viagem permaneciam na fronteira do México com os EUA em condições degradantes, alojados juntamente com outros imigrantes ilegais de diversas nacionalidades, aguardando o momento mais propício para a travessia.

Em uma das aventuras, de acordo com o apurado, um dos brasileiros, cidade de Tarumirim (MG), foi preso em agosto deste ano pela Polícia de Fronteira dos EUA (US Border Patrol/EUA) ao tentar entrar ilegalmente em solo norte-americano, tendo sido enviado de volta para o México. Onze dias depois, o mineiro foi encontrado morto em área da fronteira entre El Paso/México e Texas/EUA pela mesma US Border Patrol/EUA.

Uma das linhas investigativas que visam apurar este homicídio considera a hipótese de que o brasileiro tenha sido morto em decorrência da impossibilidade de arcar com dívidas assumidas junto aos “coiotes” mexicanos, que atuam em parceria com os agenciadores da região de Caratinga (MG).

De acordo com informações repassadas à imprensa, a parceria entre a Polícia Federal e a agência US Customs and Boarder Protection (CBP) foi fundamental para a obtenção de informações que permitiram o início dos trabalhos investigativos. Os esforços em conjunto contaram com a participação da Polícia Federal, Ministério das Relações Exteriores, DHS (Department of Homeland Security), Departamento de Estado Americano e CBP. 

“A parceria entre Brasil e Estados Unidos tem permitido a atuação da Polícia Federal lado a lado com a CBP, em uma das áreas mais procuradas pelos traficantes de seres humanos, a fronteira entre os EUA e o México. A partir de El Paso/TX a PF tem sido capaz de auxiliar nas investigações enviando, em tempo real ao Brasil, dados que permitam a identificação e captura dos criminosos”.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa e de promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de brasileiros em país estrangeiro, cujas penas somadas podem chegar a mais de nove anos de reclusão, se condenados.

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