POLÍCIA

Donos de abrigo temporário são investigados pela morte de 69 cães em MG

Publicado em 14/07/2020 às 18:56Atualizado em 18/12/2022 às 07:53
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Foto/Reprodução

A morte de 69 cachorros em Ribeirão das Neves (MG), está sendo investigada, os principais suspeitos são os donos de um lar temporário. A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (14), que parte dos óbitos foi causado por transporte inadequado e o restante dos cachorros morreu por envenenamento.

A morte dos cachorros ocorreu durante uma viagem de caminhão, os animais haviam sido colocados soltos no compartimento baú, que não possuía ventilação. Dos 73 cães transportados, 69 morreram, 20 durante o transporte e o restante por envenenamento. O casal vai responder por maus-tratos e fraude processual.

O chefe do 2º Departamento de Polícia, delegado-geral Rodrigo Bustamante, afirma que os suspeitos “após terem provocado a morte de alguns cães por realizar um transporte de forma inadequada, envenenaram o restante dos animais que ainda tinham chances de sobreviver, com o intuito de ocultar a causa da morte dos primeiros cães dentro do caminhão e preservarem sua imagem frente ao trabalho que vinham desenvolvendo no lar temporário”.

O caso

A responsável por um abrigo temporário e marido dela estavam de mudança para um novo endereço em março. Os animais seriam transportados para um lugar maior, na cidade vizinha, Contagem.

Um motorista foi contratado para fazer o transporte dos 73 animais em caminhão adequado, mas cancelou o serviço. Foi então que o marido da proprietária sugeriu que os animais fossem levados dentro de um caminhão baú. Não foram usadas caixas de transporte e os animais ficaram soltos dentro do compartimento de carga por 1h30.

Segundo testemunhas, o marido da dona do abrigo acompanhou os 15 primeiros minutos da viagem no baú do caminhão junto com os animais, mas começou a passar mal em decorrência do calor. Ele então passou para a frente do caminhão e prosseguiu viagem.

Um tempo depois, os animais começaram a parar de latir. Os funcionários então orientaram o homem a ir olhar o que estava acontecendo com os cães, mas o pedido foi ignorado.

Quando chegaram em Contagem os animais estavam extremamente debilitados, feridos e alguns mortos. Percebendo a situação, a proprietária afirmou para as testemunhas que faziam o transporte, que os cães haviam sido envenenados por terceiros, no intuito de se desvencilhar da culpa pelo transporte irregular.

As testemunhas também contaram que a mulher passou uma substância na boca dos cachorros afirmando ser carvão ativado, usado em casos de envenenamento para impedir a absorção completa do agente tóxico pelo organismo. No entanto, laudos da perícia técnica da PCMG apontam a ausência de carvão ativado no estômago dos cães e a presença do veneno popularmente conhecido como chumbinho.

A mulher que há 15 anos trabalhava nessa área era paga para ficar com os animais. A estadia custava mensalmente o valor de R$ 160 e um saco de ração. O transporte dos cães também havia sido pago pelos donos, o valor cobrado foi de R$ 30. O local para onde os animais estavam sendo levados tinha estrutura precária.

*Com informações Estado de Minas

 

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