Com atendimento restringido devido à pandemia, objetivo do atendimento remoto é garantir a ampla defesa, diz o vice-presidente da OAB em Uberaba
Foto/Jairo Chagas
http://192.168.1.3/efigie/Foto.aspx?Foto=991063São aguardados dois computadores, requeridos à OAB estadual, para dar início à ação
Videoconferência entre advogado e cliente recluso na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira deve começar nesta semana. Segundo o vice-presidente da Ordem dos Advogados (OAB) em Uberaba e articulador da iniciativa, Rodrigo Vaz, são aguardados dois computadores com microfone e câmera requeridos à OAB/MG para início da ação, pioneira em Minas Gerais.
A proposta é que cada videoconferência dure 20 minutos, com limite de três reuniões por dia para cada advogado, detalha o vice-presidente da OAB em Uberaba. O horário disponível para agendamento será das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira. Para garantir a qualidade do acesso, juízes da Comarca de Uberaba intermediaram a instalação de internet fibra ótica no local por empresa de telecomunicações.
Segundo Rodrigo Vaz, a expectativa é pelo menos dobrar o número de atendimentos entre advogado e cliente encarcerado durante a pandemia, uma vez que, atualmente, o contato entre as partes é permitido só em caso de urgência, com disponibilidade de horário apenas das 10h às 12h. “A OAB está tentando, de alguma forma, amenizar essa situação difícil e proporcionar o pleno atendimento do cliente com o seu advogado”, resume o vice-presidente da Ordem em Uberaba. Outro benefício é a otimização do tempo do advogado, que não precisará ir até à prisão e poderá trabalhar enquanto espera a conexão com o cliente, elenca ele.
Vaz acredita que o atendimento remoto permanecerá como opção após a pandemia. “É um facilitador. O que a gente pode, às vezes, mais para frente, é aprimorar o atendimento”, pontua, adiantando que o parlatório deverá ser ampliado de duas para seis vagas, conforme projeto de reestruturação já aprovado. A expectativa é que 50% das vagas do parlatório sejam equipadas para videoconferência, tecnologia que já é realidade na Penitenciária em audiências como a de custódia, ressalta o advogado.