POLÍCIA

Mãe e padrasto são presos pela PC em Contagem suspeitos de abusar sexualmente de criança

Publicado em 03/07/2020 às 08:55Atualizado em 18/12/2022 às 07:33
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Uma mãe e o companheiro dela, ambos de 39 anos, foram presos pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), suspeitos de abusarem sexualmente da filha, hoje com 9 anos. Os crimes ocorreram em Contagem e, segundo as apurações, a mulher teria envolvimento direto com as violências contra a criança.

De acordo com os relatos, os abusos já ocorriam há quatro anos. A Delegada Mellina Clemente explica que a criança gravou um áudio para a avó paterna pedindo ajuda. Essa, então, noticiou os fatos ao pai biológico. “A vítima falou para a avó não sentir nojo dela, mas ela tinha percebido que o que acontecia desde quando tinha 5 anos eram abusos sexuais”, afirma.

A criança morava na casa do pai, mas passava temporadas na residência da mãe e do companheiro dela. Os abusos teriam ocorrido nessas ocasiões. A vítima aponta que as violações eram cometidas em momentos em que se deitavam para dormir. Além dos abusos diretos, a PC apurou também que o casal mantinha relações sexuais na presença da menina. “A vítima também tinha medo de algo acontecer com a irmã de 2 anos, filha do casal preso, enquanto ela não estava lá, pois a mãe e o padrasto também chamavam a irmã mais nova para participar das relações sexuais, o que era impedido pela vítima”, conta a Delegada.

Ainda de acordo com a delegada do caso, a vítima passou por avaliação psicológica, que confirmou a existência de indícios de danos psicológicos em razão dos abusos. Em exame físico realizado no Instituto Médico-Legal (IML), também foi constatado que ela apresentava ruptura do hímen. “Diante da gravidade dos fatos e do risco envolvendo a irmã mais nova da vítima, a PCMG representou pela prisão preventiva dos suspeitos, que foi deferida e cumprida”, completa.

Na casa dos suspeitos, também foi cumprido mandado de busca e apreensão, sendo apreendidos aparelhos eletrônicos e vários vídeos pornográficos, inclusive várias fotos da filha menor tomando banho.

A mãe foi ouvida com o apoio de um intérprete da Associação de Surdos de Contagem (ASC) e negou o ocorrido o tempo todo. Ela tentou, inclusive, imputar abusos a parentes do pai da criança, que também têm deficiência auditiva. Já o padrasto confessou o crime e detalhou todos os acontecimentos.

O homem foi preso na casa dele. Já a mulher, no local de trabalho. Nenhum dos dois possuía antecedentes criminais. Ambos responderão pelos crimes de estupro de vulnerável e prática de relação sexual na presença de criança e adolescente.

O Chefe do 2º Departamento de Polícia Civil, Delegado-Geral Rodrigo Bustamante, declara que o caso investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) é de extrema gravidade. “Até para nós, policiais, que já temos alguma experiência, trouxe indignação e uma certa revolta”, pontua. A Delegada Mellina Clemente também afirma que é um dos casos mais chocantes que ela já trabalhou em toda a vida policial.

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