POLÍCIA

Presos em Sacramento, mãe e padrasto vão responder por morte de criança de 4 anos

A PC informou que havia indícios de que a menina era frequentemente maltratada

Publicado em 08/04/2020 às 07:43Atualizado em 18/12/2022 às 05:28
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A PC informou que havia indícios de que a menina era frequentemente maltratada e que a mãe dela, de 22 anos, por omissão, e o padrasto de 23 anos, tiveram participação no crime.

Segundo a Polícia Civil, os dois vão responder pelo crime de tortura com agravamento pelo resultado morte. A prisão do casal ocorreu após trabalho em conjunto das polícias Civil e Militar, que resultaram em provas da prática de agressão à menina.

De acordo com a PC, o exame preliminar do Instituto Médico Legal (IML) também serviu como prova de que a criança sofria agressões há muito tempo.

Ainda de acordo com polícia, durante os depoimentos a mãe disse que não teria agredido a criança, no entanto ela também responde pela omissão de socorro por não ter evitado as agressões à filha dela.

A mulher foi autuada, juntamente com o padrasto. O casal vai responder pelos crimes de tortura, agressão física e psicológica, resultando em morte. A pena pode ser de 8 a 16 anos. Após ser ouvidos pela PC, o casal foi encaminhado, para o presídio de Sacramento, na madrugada de hoje. O CRIME

A mãe da criança contou à Polícia Militar que passou o dia fora, uma vez que trabalha em um supermercado das 8h às 16h. Ao chegar em casa, viu a filha dormindo e quando foi acordada, a criança se queixou de dores na região abdominal. Ela chegou a roxear a pele e, quando desfaleceu, a mãe pediu ajuda a um vizinho, que levou mãe, padrasto e criança até o Hospital da Criança. Lá, ainda de acordo com o registro da ocorrência, a menina recebeu atendimento médico e, diante da probabilidade de agressão, a equipe de profissionais que atendeu o caso mencionou o acionamento ao Conselho Tutelar. O boletim da PM ressalta que a corporação não foi acionada nem por representante do Hospital da Criança nem por nenhum parente da criança ferida.

Diante da gravidade do caso, a garotinha foi transferida ao Hospital de Clínicas da UFTM, local onde recebeu cuidados, mas faleceu poucas horas depois. O HC-UFTM acionou a PM e relatou que a menina estava com lesões físicas externas aparentes e em órgãos internos e que o óbito se deu devido à gravidade das lesões. Embora não confessado, o episódio era indicativo de homicídio. 

Durante seu depoimento, a mãe da criança chegou a apresentar a versão de que a filha teria ficado sob os cuidados dos avós, que a desmentiram. Confrontada, ela revelou que a criança ficou com o seu companheiro. A mulher então disse que tentou proteger o companheiro, já que em casos como este “a culpa cai sempre naquele que não é da família”.

O padrasto foi localizado pela PM e confirmou que passou o dia com a criança sob seus cuidados. Quando perguntado como era a relação com a menina, apresentou relatos controversos e negou ter praticado qualquer abuso contra a criança.

Os dois foram presos e tiveram o flagrante ratificado pela PC. 

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