POLÍCIA

Ausência de defesa suspende o julgamento de membros do PCC

Ao serem informados sobre a tese que seria adotada pelo defensor, os réus não concordaram e solicitaram a desconstituição do representante

Thassiana Macedo
Publicado em 04/12/2019 às 22:23Atualizado em 18/12/2022 às 02:30
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Vítima foi perseguida, e os disparos levaram a acidente que provocou graves lesões, inclusive paraplegia

Julgamento popular de Flávio Ribeiro Bueno, Kelvin Eduardo Garcia, Lázaro Daniel Souza da Silva, Paulo Henrique Silva Faustino e Ronaldo Santos Marinho, que ocorreria hoje, foi suspenso e remarcado para 1º de abril de 2020. O motivo seria ausência de defesa, já que o advogado contratado por dois dos réus não compareceu e o defensor público foi desconstituído. 

De acordo com informações do defensor público Marcelo Tônus M.F. de Mendonça, ele foi designado para realizar a defesa, concedida gratuitamente pelo Estado, de três dos cinco réus envolvidos no crime do dia 2 de janeiro de 2018. No entanto, ao serem informados sobre a tese que seria adotada pelo defensor, os réus não concordaram e solicitaram a desconstituição do representante, para que ele seja substituído por outro.

Ainda segundo Marcelo Tônus, os outros dois réus contrataram um advogado de Uberlândia, que não chegou a tempo de participar da sessão do Tribunal do Júri, agendada para ontem pelo juiz auxiliar da 2ª Vara Criminal, Marcelo Geraldo Lemos. Em virtude dessas duas situações, o juiz-presidente suspendeu a sessão e remarcou o julgamento para 2020.

Os cinco são acusados de tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil, mediante emboscada e por ser cometido contra agente do sistema prisional. Segundo denúncia do Ministério Público, como integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), os réus receberam ordens de matar um agente penitenciário como retaliação às ações da Segurança Pública de Minas Gerais e à morte de Moacir Batalha Muritiba, vulgo “Zoi Verde”, encontrado morto na BR-050, em 2017. 

A vítima foi um homem que passava pela LMG-798, próximos à penitenciária “Professor Aluízio Ignácio de Oliveira”, que foi confundida com um agente penitenciário e acabou sendo alvo da ação criminosa. Ele foi perseguido e os disparos efetuados por Lázaro, Ronaldo e Paulo causaram acidente automobilístico e graves lesões na vítima, que foi hospitalizada e acabou ficando paraplégica. Kelvin e Flavio seriam responsáveis por facilitar a fuga dos companheiros após a ação.

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