POLÍCIA

Padre acusado de estuprar coroinha xingou vítima através de rede social

O jovem acusa o padre de tê-lo estuprado quando ele tinha apenas 15 anos

Publicado em 16/10/2019 às 18:23Atualizado em 18/12/2022 às 01:07
Compartilhar

Um jovem de 22 anos acusa um padre de abusar sexualmente dele por mais de um ano, durante sua adolescência, quando ele frequentava uma igreja em Guarujá, no litoral de São Paulo. Um print de uma conversa nas redes sociais entre a vítima e o padre mostra o religioso o chamando de 'bundão' e 'viado'.

De acordo com o ex-coroinha, o que o move a divulgar o caso atualmente é alertar outras vítimas e encorajá-las, além de acreditar que a justiça ainda deva ser feita. “O sentimento de estar perdido, de não saber o que está acontecendo é muito forte, mas não tem que ser maior que a coragem de falar”, relatou.

O jovem acusa o padre de tê-lo estuprado quando ele tinha apenas 15 anos. Ele afirma que a família é católica e sempre frequentou a igreja. Aos 12 anos começou o curso para ser coroinha, quando, segundo ele, o Padre passou a se aproximar mais. Em 2012, a convite do religioso, ele passou a trabalhar na área administrativa da instituição católica.

O rapaz afirma que, ao completar 15 anos, o padre pediu para ele trabalhar até mais tarde. Neste dia, começaram os estupros, que se estenderam de agosto de 2012, até dezembro de 2013. Durante esse tempo, o jovem afirma que passou a tirar notas baixas, ficar agressivo e depressivo, mas ter receio de contar o que acontecia.

Ainda segundo o jovem, o padre o orientava a apagar todas as conversas deles pelas redes sociais. Mas, uma das vezes, ele esqueceu e o pai acabou vendo e o questionando sobre o que estava ocorrendo. Após ter coragem de relatar tudo a família, eles registraram boletim de ocorrência e recorreram ao Ministério Público. A mãe dele também chegou a enviar uma carta ao Vaticano relatando o ocorrido.

O inquérito policial instaurado pelo MP foi arquivado, sem oferecimento de denúncia. O padre seguiu trabalhando normalmente até 2016 na igreja.

A Congregação para a Doutrina da Fé decidiu dar sequência, com um processo penal administrativo, e encarregou ao Bispo Diocesano o ofício de instaurá-lo, conforme as normas do Direito canônico. A conclusão do Processo Administrativo resultou na Penalidade Canônica de afastamento do Exercício Público do Ministério Sagrado por 5 anos, quando, então, a Congregação para a Doutrina da Fé decidirá sobre os encaminhamentos seguintes e qual será a decisão final.

A Diocese destaca que o inquérito policial instaurado pelo Ministério Público foi arquivado, sem oferecimento de denúncia.

 

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por