POLÍCIA

Companheiro de homem morto em apartamento na Guilherme Ferreira diz ter medo de que a justiça não seja feita

As imagens das câmeras de segurança mostram que o suspeito usava boné, bermuda, camisa e tênis

Publicado em 17/09/2019 às 17:15Atualizado em 18/12/2022 às 00:22
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Fotos/Reprodução/Circuito interno

As imagens das câmeras de segurança mostram que o suspeito usava boné, bermuda, camisa e tênis

Companheiro do homem assassinado na semana passada desabafou por medo de que o caso não tenha desfecho. O crime ocorreu na quarta-feira (11), e a vítima, de 43 anos, foi encontrada de madrugada em seu quarto, já sem vida.

“O único medo que eu tenho é de que não seja feita justiça, porque ele [o suspeito] está à solta. Não foi um homossexual que foi assassinado. Foi um ser humano. E do mesmo jeito que ele fez com o Jefferson, ele pode fazer com qualquer pessoa enquanto não for preso", relatou o homem.

A Polícia Civil investiga o caso e tenta identificar um rapaz que saiu do apartamento enrolado em um lençol. Câmeras de segurança do prédio registraram o momento em que a vítima e um rapaz subiram para o 9º andar na madrugada de quarta.

“Me despedi dele. Eu entrava meia-noite no trabalho. Saí daqui mais ou menos 23h45 [de terça-feira]. Quando eu cheguei, por volta de 6h15 [de quarta], entrei no apartamento, a porta estava destrancada – o que era hábito quando eu não levo a chave. Quando eu abri, não tinha nada fora do lugar, estava tudo tranquilo, do jeito que eu tinha deixado. Entrei no quarto e me deparei com ele no chão, então eu achei que ele estava dormindo ali porque estava com algum problema na coluna ou por causa do calor. Falei com ele e ele não me atendeu. Quando eu toquei nele, eu percebi que ele não estava mais aqui”, contou.

A filha do casal, de 16 anos, estava em casa, mas não viu quando o pai foi morto. "Ela dorme sempre com a porta trancada, ventilador ligado e ela não percebeu nada de diferente, tanto que fui eu que dei a notícia para ela”, lembrou o companheiro.

Segundo o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Uberaba, delegado Cyro Moreira, a família da vítima desconhece o homem que aparece nas imagens. “Estamos investigando se já era uma pessoa conhecida. Mas pelas características que identificamos da vítima pode ser que aquele fosse um relacionamento eventual, um encontro pela primeira vez”.

Ainda de acordo com Moreira, a hipótese de latrocínio – roubo seguido de morte – foi descartada. “A cena [do crime], num primeiro momento, foi descrita como um possível encontro de cadáver ou até suicídio. No entanto, os achados periciais indicam homicídio. A vítima foi espancada”, explicou. Agora, a Polícia Civil vai tentar identificar um amigo que ele havia conhecido e chegou a comentar com o parceiro.

O companheiro afirmou à PM que a vítima tinha relacionamentos extraconjugais. “O que eu sei é que foi estabelecida uma relação de confiança entre os dois, porque ele não traria alguém para tirar a vida dele, tampouco com nossa filha estando aqui e correndo este risco também. Então assim, houve essa relação de confiança, e ele foi pego de surpresa, aconteceu o que aconteceu e o pior: nada foi levado; até o momento, eu não dei falta de nada significativo. Tinha talão de cheque, tinha joias e objetos que ele poderia facilmente pegar e não levou. Foi por nada. Ele ficou menos de meia hora no apartamento e acabou com uma relação de 21 anos em menos de meia hora”,

Entenda o caso

As imagens das câmeras de segurança mostram que o suspeito usava boné, bermuda, camisa e tênis. Cerca de 20 minutos depois de entrar no apartamento da vítima, ele saiu do elevador enrolado em um lençol.

A morte foi constatada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A perícia da Polícia Civil foi acionada e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi confirmada morte por asfixia.

*Com informações do G1

 

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