POLÍCIA

Operação busca identificar mentores de sonegação no Triângulo Mineiro

A estimativa da operação Beleza Impura é que aproximadamente R$70 milhões em impostos tenham sido sonegados

Thassiana Macedo
Publicado em 22/10/2017 às 09:25Atualizado em 16/12/2022 às 09:38
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Aconteceu na semana passada a segunda fase da operação “Beleza Impura”, que tem o objetivo de identificar os idealizadores do esquema criminoso que beneficiou empresas do ramo de higiene pessoal e cosméticos na região do Triângulo Mineiro. A estimativa é que aproximadamente R$70 milhões em impostos tenham sido sonegados. As investigações sobre a fraude se iniciaram em 2014, na Superintendência Regional da Fazenda de Uberaba, após o recebimento de informações da Receita de Varginha.

Conforme as investigações do Ministério Público, o principal suspeito de fazer parte do esquema é um empresário, sócio de um escritório de administração e logística em Belo Horizonte. Ele já foi alvo de outra operação do Ministério Público do Rio de Janeiro, no ano de 2013, quando foi acusado de comandar um esquema semelhante. Também são investigados dois contadores, suspeitos de dar sustentação técnica aos negócios fraudulentos, inclusive na criação das empresas de fachada que assumiam, mas nunca pagavam o imposto no lugar dos verdadeiros devedores.

Na primeira fase, descobriu-se que as empresas de fachada, inscritas no Centro-Oeste de Minas, eram utilizadas para simular compras de outras empresas fictícias cadastradas nos estados de Goiás e do Espírito Santo, com valores subfaturados para reduzir impostos de modo fraudulento e blindar a distribuidora mineira e seus reais fornecedores. Na tentativa de dificultar a fiscalização, as empresas do esquema utilizavam um “rodízio” de empresas intermediárias. Após serem usadas por certo tempo, elas encerravam suas atividades, sendo substituídas por outras, abertas em nome de laranjas. A análise do material coletado nesta fase revelou os prováveis idealizadores do esquema criminoso, que era dirigido por uma distribuidora de cosméticos e produtos de higiene sediada em Uberlândia.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte e Contagem, pela força-tarefa formada pelo Ministério Público, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), Polícia Civil e Advocacia-Geral do Estado (AGE). Participaram da operação dois promotores de Justiça, 25 fiscais da Receita, dois delegados e 12 policiais civis.

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