POLÍCIA

Servidores da Vigilância Sanitária de Uberaba são afastados por suspeita de corrupção

Publicado em 21/07/2022 às 09:25Atualizado em 18/12/2022 às 20:52
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Foto/Divulgação

Nesta quinta-feira (21), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a terceira fase da Operação Brahman, em Uberaba, que visa combater o comércio irregular de carnes na região, com o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão. Conforme informações da PC, além dos mandados, três fiscais da Vigilância Sanitária do Município também foram afastados das funções.

De acordo com o delegado Tiago Cruz, foi confirmado que fiscais sanitários teriam repassado informações da última fase da operação a investigados, na tentativa de frustrar as ações. Em entrevista à Rádio JM, nesta quinta-feira (21), o chefe do Departamento da PC, Felipe Colombari, revelou que os servidores envolvidos são concursados e estavam em exercício há anos. Além disso, foi identificado que houve vantagem indevida na transação de informações, seja monetária ou de favores.

“Está determinado o afastamento de 30 dias para a polícia terminar as investigações. Já temos provas de que esses servidores receberam vantagem indevida posterior aos fatos em decorrência do auxílio aos investigados. A Polícia Civil investiga não só o vazamento da investigação, mas crimes de corrupção ativa e passiva. Na parte criminal, vamos formar a decisão e, paralelo a isso, a administração deve instalar processo para apurar a conduta dos servidores”, explica Felipe.

Até o momento, há a confirmação de um açougue envolvido na troca de informações sigilosas da operação.

A hipótese principal, de acordo com o chefe da PC, é que o esquema seja comandado por uma quadrilha, uma organização criminosa, já que há, segundo as apurações, divisão de tarefas. Por exemplo, um envolvido era responsável por abater os animais, outro por fazer o transporte, outro por comercializar.

Os mandados foram cumpridos no início da manhã de hoje. As ordens de buscas e afastamentos partiram do Juízo da 1ª Vara Criminal de Uberaba, titularizada pelo juiz Marcos Botega, após parecer favorável do Ministério Público, pela Promotoria Criminal, titularizada por Alcir Arantes.

A investigação, agora, passa a tramitar em conjunto com a Unidade de Combate à Corrupção do Departamento da PC, uma vez que há suspeitas do recebimento e pagamento indevido de valores a servidores públicos municipais. Segundo o delegado Regional de Polícia Civil em Uberaba, Rodolfo Rosa Domingos, participaram da Operação 22 policiais civis. Ainda, informou que a Procuradoria-Geral do Município já foi notificada da ordem judicial de afastamento dos servidores de suas funções.

Até o momento, não foram informados dados sobre o que foi apreendido e se alguma pessoa foi presa durante a operação.

Confira o posicionamento da Prefeitura de Uberaba, na íntegra:

"O Governo Municipal, por meio da Procuradoria-Geral, informa que foi notificado da ordem judicial de afastamento de três servidores na manhã desta quinta-feira (21). A determinação será cumprida.

O caso também é acompanhado pela Controladoria-Geral, órgão de controle interno do Município, para as providências cabíveis e eventual punições. Um dos servidores alvo do afastamento responde à processo administrativo disciplinar (PAD) por irregularidades na fiscalização de gêneros alimentícios. O processo tramita em sigilo.

Por fim, o Governo Municipal reforça o compromisso com o combate à corrupção e com a transparência."

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