POLÍCIA

Juradas decidem pela condenação de homem que matou a ex-mulher

Esta é a segunda vez que o acusado é submetido ao Tribunal do Júri; em junho de 2016, ele foi condenado a quatro anos, em regime aberto

Thassiana Macedo
Publicado em 09/10/2019 às 22:42Atualizado em 18/12/2022 às 00:54
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As sete juradas selecionadas para o julgamento popular de Wellington Aparecido Silva decidiram acolher as acusações da Promotoria e optaram por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e mediante emboscada. Ele responde pela morte da ex-companheira, Milena da Silva Cordeiro. Com essa decisão, o juiz auxiliar da 1ª Vara Criminal de Uberaba, Marcelo Geraldo Lemos, que presidiu o Tribunal do Júri, arbitrou a pena em 13 anos de prisão em regime inicialmente fechado, mas concedeu o direito ao réu de recorrer em liberdade. 

Esta é a segunda vez que Wellington Silva é submetido ao Tribunal do Júri. Em junho de 2016, ele foi condenado a quatro anos, em regime aberto, por homicídio privilegiado. A defesa feita pelos defensores públicos Glauco de Oliveira Marciliano e Larissa de Oliveira e Dias, foi baseada nas mesmas teses do primeiro julgamento. Ou seja, o réu agiu sob violenta emoção, visto que Milena era garota de programa e ele a havia convidado a se mudar com ele para Uberaba, onde montou casa e abriu uma loja para ela poder trabalhar, mas mesmo assim ela o estaria traindo.

Desta vez, o defensor Glauco Marciliano explica que, com base nisso, a defesa requereu novamente o homicídio privilegiado e a exclusão das qualificadoras. Porém, as sete juradas, todas mulheres, não acolheram as teses da defesa e decidiram considerar o réu culpado segundo a acusação. Por isso, ele foi condenado à pena de 13 anos em regime fechado por homicídio duplamente qualificado, com direito a recorrer da decisão em liberdade, proferido pelo juiz presidente. 

Crime. Conforme a denúncia, o crime ocorreu no dia 3 de janeiro de 2013, no Jardim Canadá. Wellington tentava se reconciliar com Milena, que mantinha a negativa. Irritado, ele teria começado a persegui-la e a fazer várias ameaças pelo celular. No dia do fato, ela foi cercada quando seguia de moto pela avenida Tenente Valdyr. O ex-companheiro efetuou um disparo de pistola 9mm na cabeça da vítima. Ao vê-la caída, ele ainda atirou mais oito vezes no corpo da ex-mulher. Logo em seguida, Wellington disparou contra o próprio peito, mas foi socorrido e sobreviveu.

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