POLÍCIA

Em depoimento, autor de assassinato do geógrafo afirma que o crime foi acidental

Delegado Cyro Outeiro falou em coletiva nesta sexta, em Uberaba, apresentando detalhes do crime

Publicado em 20/09/2019 às 10:38Atualizado em 18/12/2022 às 00:25
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O jovem de 24 anos preso na manhã de quinta-feira (19), apontado como autor do assassinato do geógrafo, Jefferson Cláudio Lopes de Carvalho, de 43 anos, confessou o crime. Porém, em depoimento à Polícia Civil afirmou que foi acidental.

Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (20), o delegado Cyro Outeiro, responsável pelo inquérito policial, deu detalhes de como teria ocorrido o crime.

“Ele tenta justificar a morte dizendo que teria entrado em luta corporal com a vítima, deu um golpe de “mata-leão”, a vítima perdeu a consciência, bateu a cabeça na cama e ele foi embora. Questionado porque a vítima então estaria nua, ele disse que tirou a roupa para procurar dinheiro, mas não precisava ter tirado a roupa toda para procurar dinheiro. Na verdade, ele está tentando mascarar um encontro de natureza sexual em troca de dinheiro”, revela.

A investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa apurou, até o momento, que a vítima saiu do apartamento e retornou em um prazo de seis minutos. Jefferson teria buscado o acusado em uma residência na rua Marechal Deodoro, no bairro São Benedito.

Dentro do apartamento, a vítima teria sido espancada com socos e chutes e, posteriormente, morta pelo meio cruel asfixia.

O autor relatou que teria sido o primeiro encontro com Jefferson, porém, essa possibilidade é rechaçada pelo delegado. Segundo Cyro Outeiro, o encontro que terminou em homicídio teria sido o segundo. Na primeira vez, o acusado teria recebido a quantia de R$ 50 e se encontrado com Jefferson nas proximidades do Terminal Rodoviário.

Após a prisão do autor, a Polícia Civil conseguiu recuperar a chave do carro, o controle do portão, a camiseta usada pelo autor no dia do crime e o lençol que ele usou para se cobrir na fuga.

“A autoria é certa, a Polícia Civil de Uberaba não tem dúvidas da autoria do crime. A vítima acabou confessando, mas a confissão não foi tão importante. O mais importante foram os elementos materiais que nós apreendemos lá no local, na casa do acusado e depois no terreno baldio que ele levou a gente”, explicou o delegado.

Os policiais civis já tinham identificado o autor há alguns dias e conseguiram prendê-lo no dia que retornou à sua casa após o crime. O autor cumpre prisão temporária por 30 dias, renovável por mais 30, até o término da investigação.

A partir de agora, cabe à Polícia Civil apurar as circunstâncias em que o assassinato ocorreu, ou seja, se a versão do autor é verdadeira. Com o constatado até o momento, o delegado deve concluir por homicídio qualificado mais furto e sugerir uma pena de 12 a 30 anos de prisão.

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