O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, demitiu mais um dirigente de alto escalão em sua tentativa de adequar a entidade à sua nova realidade financeira. O ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, único brasileiro membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), recebeu a notícia de que não é mais diretor de relações institucionais.
O salário de Bernard era de R$ 44.785,00, conforme foi revelado em outubro pela "ESPN". Ele também foi chefe de missão do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e do Rio-2016.
A direção do COB anunciou arrocho financeiro para as próximas disputas do esporte brasileiro. As delegações para participações em Sul-Americano e Pan-Americano serão reduzidas.
A medida de restrição financeira, proposta pelo COB tem como meta uma economia de pelo menos R$ 9,3 milhões para a entidade. A ideia é garantir recursos para uma boa participação dos atletas brasileiros na Olimpíada de Tóquio, no Japão. O maior evento esportivo do mundo está marcado para 2020.
O COB também desligou Sérgio Lobo, ex-secretário-geral, e o general Augusto Heleno, ex-diretor do Instituto Olímpico e do departamento de comunicação e educação corporativa. Com os cortes, Wanderley prevê uma economia de mais de R$ 5 milhões por ano no caixa da entidade.