ESPORTE

Autoridades se preparam para evitar briga na final da Libertadores no Uruguai

Agência Estado
Publicado em 23/10/2021 às 09:04Atualizado em 18/12/2022 às 16:39
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 Uma das medidas já definida é a proibição de o torcedor das duas equipes viajar sem ingresso nas caravanas para Montevidéu, no Uruguai, local da decisão marcada para o dia 27 de novembro

A preocupação com a possibilidade de confronto entre torcedores de Flamengo e Palmeiras antes, no dia e depois da final da Libertadores motivou as autoridades brasileiras e uruguaias a montar uma estratégia de segurança capaz de evitar brigas, ou ao menos minimizar os riscos. Uma das medidas já definida é a proibição de o torcedor das duas equipes viajar sem ingresso nas caravanas para Montevidéu, no Uruguai, local da decisão marcada para o dia 27 de novembro.

"Isso vale para torcedor comum e de organizada", explica ao Estadão o delegado César Saad, chefe da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Desportiva (DRADE) da Polícia Civil de São Paulo. "Tudo isso é pra evitar a presença dos caras que vão lá para brigar, que têm histórico de briga de torcida. Na maioria das vezes são sempre os mesmos", diz.

O torcedor que for ao Uruguai para assistir ao jogo, seja por via terrestre, marítima ou aérea, e estiver sem o ingresso não poderá entrar no país vizinho. Muitos flamenguistas e palmeirenses têm comprado passagens para Buenos Aires para ir da capital argentina de barco a Montevidéu, aproveitando a proximidade das duas cidades. "A questão é mais direcionada às torcidas organizadas e para aqueles que vão pra tumultuar, arrumar confusão", reforça Saad.

Os ingressos serão nominais. A medida, acreditam as autoridades, vai coibir a presença de torcedores com histórico de violência na final da Libertadores. Os bilhetes para o duelo começarão a ser vendidos na próxima quarta-feira, dia 27. As entradas mais baratas custarão US$ 200, cerca de R$ 1,1 mil, ou seja, valor equivalente a um salário mínimo no Brasil. O Estadão apurou que os torcedores das organizadas do Palmeiras chegarão a Montevidéu no sábado, dia do jogo, pela manhã.

A estratégia para coibir confrontos ao longo do trajeto das caravanas com torcedores de Flamengo e Palmeiras inclui monitoramento de flamenguistas e palmeirenses e escolta da polícia brasileira e uruguaia durante todo o percurso até a chegada ao país vizinho. São quase 2 mil km de trajeto em comum entre as duas caravanas. Os ônibus sairão em horários diferentes para os integrantes das organizadas não se encontrarem na rodovia.

"Quando os torcedores do Flamengo estiverem em São Paulo, os do Palmeiras já estarão no Paraná. A gente vai sempre adiantando um Estado", ressalta o chefe da DRADE. Ele teve acesso a mensagens entre torcedores de organizadas de Flamengo e Palmeiras em grupos de WhatsApp que dão a dimensão do quão violentos podem ser os conflitos. "Tanto a Polícia Civil de São Paulo quanto do Rio estão fazendo monitoramento nas redes sociais", diz Saad. Há um clima de guerra entre as duas torcidas que ultrapassa a rivalidade envolvendo os clubes que disputam o protagonismo do futebol brasileiros nos últimos anos. Por esse cenário, o evento é considerado de alto risco.

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