ESPORTE

Cruzeiro anuncia pagamento ao Spartak por Pedro Rocha e evita punição na Fifa

Publicado em 06/08/2020 às 20:00Atualizado em 18/12/2022 às 08:32
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Foto/Reditt.com

Jornal O Tempo

Pedro Rocha frustrou as expectativas dos torcedores e não conseguiu repetir no Cruzeiro o futebol de habilidade e velocidade que o tornaram xodó da torcida do Grêmio. Em 33 partidas, o atacante marcou apenas quatro gols. Em 2020, ele se transferiu para o Flamengo, também por empréstimo, onde é considerado reserva de Bruno Henrique.

 

Em nota publicada no site oficial, o Cruzeiro informou ter liquidado ainda 10 mil francos suíços em custas processuais (R$ 58,5 mil), R$ 461.397,93 de imposto de renda e R$ 9.935,41 de imposto sobre operações financeiras (IOF). Assim, o custo final por Pedro Rocha foi fechado em R$ 3.065.424,26.

No empréstimo de Pedro Rocha, o Cruzeiro se comprometeu a repassar 750 mil euros ao Spartak - R$ 3,2 milhões na época. O então vice-presidente de futebol, Itair Machado, declarou no dia 2 de abril de 2019 que o banco Digimais, patrocinador máster do clube naquela temporada, auxiliaria no pagamento aos russos e também em parte dos salários do jogador.

“O Pedro abriu mão de parte do (salário) que ganha lá (na Rússia). Porque todos sabem que o que os atletas ganham lá é impossível pagar no nosso país. Lá atrás, o Cruzeiro pagaria até mais pelo empréstimo, mas desta vez foi 750 mil euros, que será pago através do Banco Digimais. A questão do salário, o banco também ajudará num valor a mais por mês para não onerar muito a folha”, disse Itair, em entrevista em Guayaquil, no Equador, onde a Raposa jogaria contra o Emelec pela fase de grupos da Copa Libertadores.

Todavia, a reclamação do Spartak na Fifa, noticiada pelo Superesportes em 6 de fevereiro de 2020, foi pela totalidade dos valores. Ou seja, na versão do clube russo, o Cruzeiro simplesmente não cumpriu o compromisso de 750 mil euros. Com a cotação da moeda estrangeira a R$ 6,35 nesta quinta-feira, a pendência celeste supera R$ 4,76 milhões.

BANCO LIBEROU DINHEIRO

Também na live desta quinta-feira, Sérgio Rodrigues explicou que houve um mal-entendido na participação do Digimais. Os executivos do banco comprovaram que o dinheiro destinado à contratação de Pedro Rocha foi liberado ao Cruzeiro, porém a diretoria anterior, liderada pelo ex-presidente Wagner Pires de Sá e Itair Machado, não usou a quantia para os fins solicitados.

“Na verdade, foi um mal-entendido. Procuramos apurar o que ocorreu junto ao banco, e o que eles nos relataram foi que os dirigentes, que se Deus quiser vamos expulsar para sempre do clube, pediram um valor adiantado de patrocínio para o banco Digimais. O banco Digimais adiantou esse valor, e eles não pagaram a contratação que fizeram. Então, como fizeram com dinheiro de imposto e diversos outros valores, a gente não sabe para onde foi. A Polícia vai conseguir mostrar isso para nós. Mas a culpa não foi do parceiro. Pelo contrário, o parceiro adiantou o recurso, mas o dinheiro foi mal gasto. Talvez tenha sido gasto no cartão corporativo naqueles locais que a gente já falou quais são”.

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