País mais ganhador no vôlei mundial nos últimos anos e sinônimo de vitórias nas quadras, o Brasil vê a modalidade passar por um momento delicado, principalmente em relação aos clubes da Superliga, a competição nacional por equipes. Na quinta (20), o Sesc RJ anunciou o fim do time masculino para a próxima temporada – o feminino, um projeto tocado pelo multicampeão Bernardinho, será mantido.
Como o Sesc RJ fica em quadra até o final da temporada, a preparação para a Olimpíada não será prejudicada – a Superliga termina em abril e após isso os jogadores convocados para os Jogos de Tóquio se apresentarão para a Seleção Brasileira.
Nesta temporada algumas equipes estão com três meses de salários atrasados: Maringá, Taubaté (do técnico Renan Dal Zotto, da Seleção Brasileira), América Mineiro e Ponta Grossa. Sem contar o Botafogo, que desistiu de participar da competição de última hora.
O cenário causa preocupação em relação ao futuro da modalidade no país. “Enquanto a gente como país não tiver uma boa estrutura, não vai dar certo, pois sofremos com situações sociais muito difíceis”, explicou Giovane Gavio, técnico do Sesc RJ, que vai seguir no clube em um projeto social.