O velejador Robert Scheidt, aos 46 anos, confirmou ontem a sua vaga para a disputa da classe Laser dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Maior medalhista olímpico da história do país – são dois ouros, duas pratas e um bronze –, ele está em 29º lugar no Mundial, que está sendo realizado em Melbourne, na Austrália, mas já confirmou seu lugar no Japão.
Com a vaga garantida, Scheidt terá o recorde de brasileiro com mais participações em Jogos Olímpicos. Só que o velejador pode ter companhia. Formiga deve igualar esse recorde, já que é um dos destaques da seleção feminina de futebol que já está classificada para Tóquio, mas que ainda não teve a sua convocação confirmada. Rodrigo Pessoa, do hipismo, e Jaqueline Mourão, do ciclismo, também brigam para competir pela sétima vez em uma Olimpíada.
Scheidt disputou os Jogos Olímpicos pela primeira vez em 1996, aos 21 anos, e logo conquistou a medalha de ouro na classe Laser em Atlanta, nos Estados Unidos. Quatro anos depois, ficou com a prata em Sydney, na Austrália, mas voltou a ir ao lugar mais alto do pódio em Atenas 2004, na Grécia. Em Pequim 2008, na China, com a prata, e Londres 2012, na Inglaterra, com bronze, conquistou medalhas em outra classe, a Star.
Em Tóquio 2020, Scheidt almeja se isolar como maior medalhista olímpico do Brasil. Ele divide esse status com o velejador Torben Grael, que também acumula cinco pódios: dois ouros (em Atlanta 1996 e Atenas 2004) e dois bronzes (Seul 1988 e Sydney 2000), todos na Star, além de uma prata em Los Angeles 1984, na classe Soling. (Agência Estado)