Principal nome do futsal nacional, Falcão vê a Seleção Brasileira enfraquecida após sua aposentadoria das quadras, desde o fim do último ano. Para o ex-jogador, que esteve em Uberaba ontem para uma ação de patrocinadores, a popularidade da equipe verde e amarela tende a cair por conta da ausência de uma figura idolatrada como a dele.
“Sobre conquistas, acredito que a Seleção Brasileira ainda continua sendo favorita, continua tendo os jogadores para isso. Mas, com a minha saída, perde muito em mídia, muito em marketing, muito em patrocinadores. Não estou sendo egocêntrico, estou falando a realidade”, afirmou Falcão, ao Jornal da Manhã.
Apesar de adotar um tom crítico, Falcão reforçou o desejo de ver a Seleção mantendo seu espaço com o público mesmo após sua aposentadoria. “Tem uma entrevista minha que saiu na Veja hoje [terça-feira (22)], em relação a isso. E eu espero que apareçam novos ídolos, que a TV aberta volte a ter interesse no futsal, mas, para isso, tem que ter jogadores que chamem a atenção. Teve futsal antes do Falcão, teve durante e vai existir depois. Mas espero que volte ao foco que tinha quando o Falcão jogava”, completou.
Falcão fez história no futsal e ganhou o prêmio da Fifa de melhor jogador quatro vezes (2004, 2008, 2011 e 2012). Além disso, conquistou mais de 100 títulos na carreira por clubes e Seleção Brasileira.
Um dos troféus da equipe verde e amarela foi conquistado em Uberaba. Na ocasião, em 2015, a cidade foi palco do Grand Prix, competição internacional que foi realizada no Centro Olímpico. Falcão marcou um dos gols da vitória por 4x3 na final contra o Irã. Agora, de volta à cidade, o ex-jogador revelou guardar boas recordações de Uberaba.
“Sempre muito bom voltar aqui. Nos meus últimos anos de Seleção Brasileira, nos últimos três, quatro anos, eu vim algumas vezes a Uberaba. E só lembranças boas. O público compareceu, lotou ginásio, para mim também imagens ficaram marcadas, títulos, golaços. Então passar por Uberaba, para mim, é sempre uma satisfação muito grande”, finalizou.