Três atletas da Associação dos Deficientes Físicos de Uberaba (Adefu) vão no dia 23 de agosto para os jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru. São eles Poliana Sousa, no atletismo, José Carlos Chagas e Ercileide da Silva, na bocha.
Porém, outros atletas poderiam se desenvolver mais se não fosse a falta de recursos.
Um exemplo é a equipe de basquete, que tem participado apenas de competições regionais porque não tem dinheiro suficiente para viagens mais distantes. Além disso, o preço dos equipamentos para a prática é outro desafio. Porém, a previsão é retomar o incentivo à modalidade no ano que vem.
“Se você vai comprar uma cadeira de rodas de basquete é quase R$6 mil, se for um grupo de 12 pessoas essas cadeiras ficam muito caras. Nós já tivemos na segunda divisão do Campeonato Brasileiro por quase quatro anos. É uma viagem que fica muito cara, (para disputar) o basquete. A última que tivemos em campeonato nacional foi em Belém do Pará e tivemos parceria com as Forças Aéreas, que levaram a gente até lá para disputar e de lá pra cá, só os regionais”, explicou o presidente da associação, Renato Delfino Jesus.
Atualmente, 80 atletas treinam basquete, atletismo, bocha e halterofilismo na Adefu, que se organiza para melhorar o treinamento na natação e tênis de mesa.
Os atletas com maior destaque em suas categorias conseguem incentivos pelo bolsa atleta do Governo Federal. O esporte também tem patrocínio de duas empresas privadas.
Para manter o funcionamento, a Adefu tem um convênio com a Prefeitura e recebe doações de cidadãos por meio da conta da Codau, mas o que é arrecadado é para a manutenção de todas as despesas.
“O paradesporto está precisando ser reconhecido. Vem se destacando de longa data em Uberaba acho que poderia ter um apoio maior”, finalizou Renato Delfino Jesus.